A rua pedra talhada.
Na sombra da laranjeira sentavam sentindo pulsar forte a juventude
Deus! Tão jovens! Irmãos. Um quintal, um céu azul com nuvens espaça, uma cidade do interior, uma vida pela frente. Dois meninos pelo quintal, corriam, subiam velhos muros de terrenos baldios, atiravam pedras. E os amigos?
Aos finais de semana reuniam-se todos em frente á casa do gordinho! Aquele gordinho da turma era muito querido, ás vezes o mais temido ao mostrar sua ira e força. Uma rua e a vida de teus meninos. Jogar bola, mãe da mula, pega-pega, mocinho e bandido, a mesma rua esta lá com a sua frieza de rua calçada de pedras talhada. Em noites de inverno, era sair á procura de gravetos secos, pular o muro dos quintais e acender fogueira e ali ficar olhando as labaredas , contos e risos, piadas e gritos eufóricos de uma noite fria ao calor das chamas e ao cheiro da lenha,e da fumaça que ao impulso da brisa nos pegava de repente ,fazendo arder os olhos. La na mesma rua de pedras talhada faz lembrar, que um dia os meninos irmãos viveram sua juventude. Os primeiros encontros e desencontros. O tempo nos permite avançar ou partir.Ao notar que ficamos enquanto outros partiram é que esses símbolos ficam mais fortes, e uma rua tem vida com seus sons e ecos do passado, pois nessa rua de pedras talhada viveram os meninos que deram vida a ela.