MEDICINA CAIPIRA
Duas pequenas propriedades, dois agricultores: ‘seu’ Joaquim e “seu” Francisco. ‘Seu” Francisco,precisando educar os filhos, resolveu mudar para a cidade, pois já estavam na idade escolar. Por lá, ficaram por muito tempo envolvidos com o movimento da grande cidade. Mas, um dia, “seu” Joaquim, ficou com saudades do seu compadre e resolveu lhe fazer uma visita num feriado esticado de fim de semana. Levou toda família, inclusive o cachorro. Lá chegando, foi aquela alegria. Abraços daqui, beijos e abraços das comadres e lá pelo meio dia, aquele almoço com galinha caipira ao molho pardo, quiabo, angu, verduras à vontade, uma pinga para acirrar os ânimos. Uma mesa farta para lembrar o interior. Após o almoço, os dois compadres, foram dar um passeio de ônibus pela cidade. O seu Joaquim estava deslumbrado com tudo que via. Praças, prédios altos. Muitos veículos circulando.
_É muito bom isso aqui,cumpadre, tem tudo mesmo. Nem sei o que dizer.
_É compadre estou muito contente de em ter mudado, pois aqui, tem o que a gente precisa. Por exemplo, cinema, futebol, passeios de ônibus, jardim zoológico e boa assistência à saúde. Para se ter uma ideia da evolução da medicina, esses dias um trabalhador da construção civil, caiu lá de cima do 10º andar daquele prédio em construção. Sabe o que aconteceu, a ambulância pegou ele todo amassado, levou para o hospital, os médicos,remendaram ele todinho. Agora, já esta lá trabalhando outra vez!...Como vê, aqui na cidade tem de tudo, não é como lá na roça, que é um Deus nos acuda,
_Mas cumpadre, também num é assim, né? Também, na roça se dá um jeito.
_Sê cunhesse o Zeca que trabalha no engenho de cana. Pois é; uns dias desses, o Zeca estava moendo cana e veja o que aconteceu; ele foi colocar as canas pra moer e se distraiu, seu braço foi engolido pelas moendas.
_É mesmo compadre!.
E que aconteceu depois?
_Bem, cê cunhece bem aquela erva que nóis usamo, o mastruz?
_Pois é minha muié fez um unguento de mastruz, pôs no braço amassado do Zeca e enrolou um pano quente por cima.
_E daí, o Zeca melhorou?
_Melhorou tanto cumpadre, que daí um dias já podia mover o braço e dar uma banana pro sinhôr. O compadre ficou com aquela cara amarela, sem saber o que dizer.
_É muito bom isso aqui,cumpadre, tem tudo mesmo. Nem sei o que dizer.
_É compadre estou muito contente de em ter mudado, pois aqui, tem o que a gente precisa. Por exemplo, cinema, futebol, passeios de ônibus, jardim zoológico e boa assistência à saúde. Para se ter uma ideia da evolução da medicina, esses dias um trabalhador da construção civil, caiu lá de cima do 10º andar daquele prédio em construção. Sabe o que aconteceu, a ambulância pegou ele todo amassado, levou para o hospital, os médicos,remendaram ele todinho. Agora, já esta lá trabalhando outra vez!...Como vê, aqui na cidade tem de tudo, não é como lá na roça, que é um Deus nos acuda,
_Mas cumpadre, também num é assim, né? Também, na roça se dá um jeito.
_Sê cunhesse o Zeca que trabalha no engenho de cana. Pois é; uns dias desses, o Zeca estava moendo cana e veja o que aconteceu; ele foi colocar as canas pra moer e se distraiu, seu braço foi engolido pelas moendas.
_É mesmo compadre!.
E que aconteceu depois?
_Bem, cê cunhece bem aquela erva que nóis usamo, o mastruz?
_Pois é minha muié fez um unguento de mastruz, pôs no braço amassado do Zeca e enrolou um pano quente por cima.
_E daí, o Zeca melhorou?
_Melhorou tanto cumpadre, que daí um dias já podia mover o braço e dar uma banana pro sinhôr. O compadre ficou com aquela cara amarela, sem saber o que dizer.