CASAMENTO DE CAIPIRAS
A formação cultural mantida por nossos ancestrais no passado extrapolava o limite da razão. Uma tradição erronia e preconceituosa, ao longo dos séculos. Nos centros urbanos onde o grau de escolaridade e conhecimentos era mais evoluído, esta situação foi mais amena do que nos sertões cujos matutos analfabetos de corpo e alma criavam seus filhos inocentes, sem nenhum conhecimento do que era uma vida sexual, alheios aos métodos naturais, muitos tiveram seus sonhos frustrados.
A cabocla Ritinha foi um exemplo desta situação, ela perdeu a mãe aos cinco anos de idade. O pai era um matuto rude, amoroso e muito trabalhador não quis de forma alguma separar os quatro filhos, solicitados pelos padrinhos dispostos a criá-los. Prometera para sua amada em seu leito de morte que jamais separaria seus filhos um dos outros. Tão logo a mãe faleceu Ritinha sendo a mais velha cuidava dos irmãozinhos com um carinho todo especial. Doce e carinhosa causava admiração nos sertanejos que avizinhavam o casebre do pai.
Genuíno fazia jus ao nome, porque era puro e amoroso, trabalhava de sol a sol para que nada faltasse aos filhos. Ritinha crescia pura e formosa como uma flor do campo na primavera. O tempo passava e as transformações naturais do seu corpo de mulher tornavam-a mais bela. Certo dia enquanto lavava as roupas no córrego bem ao fundo de sua choupana, com as pernas submersas na água cristalina até a altura dos joelhos, teve um tremendo susto, sentido aquele liquido estranho descendo morno em suas pernas e manchando de vermelho a brancura da água. Apavorada ela voltou pra casa. O pai preocupado quis saber o que estava acontecendo, ela apenas chorava afirmado que ia morrer.
Imaginando o que poderia ser Genuíno correu à casa de seu compade bastião.
-Tarde cumpade bastião! – Tarde cumpade Nuino, qui bão ocê puraqui, nois tamu cum sardade ocê quais num parece mode nois cunsumi um dedim prosa home! – Tô muito chei de sirviço, na peleja cus bacurim-, ieu vim aqui mode socê num rumá durda dexá cumade Mariinha da um pulo inté La incasa mode cunvesá Ca Ritinha, esses assunto de muié. Tadinha de minha fia criada sem mãe cumo cê sabe, ta careceno de prusiá cas muié mode toma tento da coisa da vida.
-Ôh Mariinha cumpade tá pricisano docê muié vai lá a casa dere mode acudi Ritinha!
Lá se foi à vizinha conversar com a Ritinha no caminho apanhou algumas ervas, chegando a casa preparou um chá, deu a ela e explicou que aquele Fenômeno iria ocorrer com ela a cada trinta dias.
-- Qerdizê intão qui num vô morrê quesse sangue vazano dieu, quisso é coisa naturá, cruiscredo ieu em! Quaismorro de medo de fazê igaur a mãe e larga meus irmão disimparado.
Enqunto isso Genuíno e Bastião pitavam seus cigarros de palha jogando conversa fora.
Ritinha se conformou e meio confuza aceitou aquela situação embora achando injusto que só a mulher tenha que passar por tal constrangimento.
Anos mais tarde quando Amélia irmã de Ritinha estava apta a assumir o papel na família, Ritinha resolveu aceitar o pedido de casamemto de bastiãozinho Filho do Bastião e da Mriinha. O que foi do agrado das duas famílias. Bastiãozinho era muito trabalhador já tinha seu rancho de sapé feito com muito com madeiras cortadas na lua minguante, caprichosamente rebocado de argila branca com estrume de vaca. Situado pertinho do córrego donde se ouvia a queda d’água ao despencar batendo contra as pedras, uma das jóias raras daquele sertão.
Realizaram um casamento caipira bem atípico do sertanejo. O leito nupcial do casal foi oito estacas fincadas com quatro travessas sobre as quais um colchão xadrez tecido pela Mariinha recheados com a palha de milho rasgasdas em tiras bem estreitas, lençol de algodão alvejado cobertas tecido com belas listras coloridas tudo caprichado, o mais fino artesanato conhecido no sertão.
Ansioso Bastiãozinho aguardava o momento mais sublime quando pela primeira vez tocaria na pele aveludada da encantadora Ritinha.
Adentrando aquele ninho de amor Ritinha meia que desconfiada pergunta: Uai bastiãozinho ieu toveno só ua cama adonde qui ieu vô drumi? –Ocê tá zombano de ieu Ritinha? Vai drumi cumigo foi pra isso qui nois casô muié!–Num tô de zombodera não uai pai insinô preu tê cuidado qui home é bicho pirigoso diz qui home no lugá de home e muié no lugá de muié.
Ritinha passou a noite sentada no fogão, no dia seguinte voltou pra casa do pai. Genuíno apelou novamente para sua comadre Marrinha que deu umas aulas para a nora, mesmo assim levou alguns meses até que ela consumasse de vez seu casamento.
(Fato verídico ocorrido às margens de o rio Índia porem usei personagens fictícias)
A formação cultural mantida por nossos ancestrais no passado extrapolava o limite da razão. Uma tradição erronia e preconceituosa, ao longo dos séculos. Nos centros urbanos onde o grau de escolaridade e conhecimentos era mais evoluído, esta situação foi mais amena do que nos sertões cujos matutos analfabetos de corpo e alma criavam seus filhos inocentes, sem nenhum conhecimento do que era uma vida sexual, alheios aos métodos naturais, muitos tiveram seus sonhos frustrados.
A cabocla Ritinha foi um exemplo desta situação, ela perdeu a mãe aos cinco anos de idade. O pai era um matuto rude, amoroso e muito trabalhador não quis de forma alguma separar os quatro filhos, solicitados pelos padrinhos dispostos a criá-los. Prometera para sua amada em seu leito de morte que jamais separaria seus filhos um dos outros. Tão logo a mãe faleceu Ritinha sendo a mais velha cuidava dos irmãozinhos com um carinho todo especial. Doce e carinhosa causava admiração nos sertanejos que avizinhavam o casebre do pai.
Genuíno fazia jus ao nome, porque era puro e amoroso, trabalhava de sol a sol para que nada faltasse aos filhos. Ritinha crescia pura e formosa como uma flor do campo na primavera. O tempo passava e as transformações naturais do seu corpo de mulher tornavam-a mais bela. Certo dia enquanto lavava as roupas no córrego bem ao fundo de sua choupana, com as pernas submersas na água cristalina até a altura dos joelhos, teve um tremendo susto, sentido aquele liquido estranho descendo morno em suas pernas e manchando de vermelho a brancura da água. Apavorada ela voltou pra casa. O pai preocupado quis saber o que estava acontecendo, ela apenas chorava afirmado que ia morrer.
Imaginando o que poderia ser Genuíno correu à casa de seu compade bastião.
-Tarde cumpade bastião! – Tarde cumpade Nuino, qui bão ocê puraqui, nois tamu cum sardade ocê quais num parece mode nois cunsumi um dedim prosa home! – Tô muito chei de sirviço, na peleja cus bacurim-, ieu vim aqui mode socê num rumá durda dexá cumade Mariinha da um pulo inté La incasa mode cunvesá Ca Ritinha, esses assunto de muié. Tadinha de minha fia criada sem mãe cumo cê sabe, ta careceno de prusiá cas muié mode toma tento da coisa da vida.
-Ôh Mariinha cumpade tá pricisano docê muié vai lá a casa dere mode acudi Ritinha!
Lá se foi à vizinha conversar com a Ritinha no caminho apanhou algumas ervas, chegando a casa preparou um chá, deu a ela e explicou que aquele Fenômeno iria ocorrer com ela a cada trinta dias.
-- Qerdizê intão qui num vô morrê quesse sangue vazano dieu, quisso é coisa naturá, cruiscredo ieu em! Quaismorro de medo de fazê igaur a mãe e larga meus irmão disimparado.
Enqunto isso Genuíno e Bastião pitavam seus cigarros de palha jogando conversa fora.
Ritinha se conformou e meio confuza aceitou aquela situação embora achando injusto que só a mulher tenha que passar por tal constrangimento.
Anos mais tarde quando Amélia irmã de Ritinha estava apta a assumir o papel na família, Ritinha resolveu aceitar o pedido de casamemto de bastiãozinho Filho do Bastião e da Mriinha. O que foi do agrado das duas famílias. Bastiãozinho era muito trabalhador já tinha seu rancho de sapé feito com muito com madeiras cortadas na lua minguante, caprichosamente rebocado de argila branca com estrume de vaca. Situado pertinho do córrego donde se ouvia a queda d’água ao despencar batendo contra as pedras, uma das jóias raras daquele sertão.
Realizaram um casamento caipira bem atípico do sertanejo. O leito nupcial do casal foi oito estacas fincadas com quatro travessas sobre as quais um colchão xadrez tecido pela Mariinha recheados com a palha de milho rasgasdas em tiras bem estreitas, lençol de algodão alvejado cobertas tecido com belas listras coloridas tudo caprichado, o mais fino artesanato conhecido no sertão.
Ansioso Bastiãozinho aguardava o momento mais sublime quando pela primeira vez tocaria na pele aveludada da encantadora Ritinha.
Adentrando aquele ninho de amor Ritinha meia que desconfiada pergunta: Uai bastiãozinho ieu toveno só ua cama adonde qui ieu vô drumi? –Ocê tá zombano de ieu Ritinha? Vai drumi cumigo foi pra isso qui nois casô muié!–Num tô de zombodera não uai pai insinô preu tê cuidado qui home é bicho pirigoso diz qui home no lugá de home e muié no lugá de muié.
Ritinha passou a noite sentada no fogão, no dia seguinte voltou pra casa do pai. Genuíno apelou novamente para sua comadre Marrinha que deu umas aulas para a nora, mesmo assim levou alguns meses até que ela consumasse de vez seu casamento.
(Fato verídico ocorrido às margens de o rio Índia porem usei personagens fictícias)