Annabela e sua fé.

A cidadezinha estava que era um forno só.As mulheres citadinas

refugiavam-se no recôndito do lar e os homens aglomeravam-se na

porta da rua a comentar sobre a estiagem longa e seca.

Nos pastos o gado já nâo encontrava 0 alimento necessário,os

rios começavam a abaixar seus níveis de água. A situaçâo passara de preocupante já que que a plantaçâo também estava sendo afetada.

É aí que entra a fé de uma mulher guerreira e única que vi até hoje:

--Annabela!

De casa em casa conclamou sua vizinhas e comadres para

juntas irem até o morro da cidade ,levando água nas garrafas

simbolizando o pedido a ser feito:chuva , para salvar aquele

estado de coisas. E assim foi feito . Num dia de domingo. saiu

a procissâo, orando , cantando té chegar ao cume do morro,

onde estava uma cruz, alta e tosca.

Ajoelhanos ao pés do cruzeiro, esvaziamos a água das garrafas

e rezamos ardentemente com humildade e amor de nossos coraçôes

sedentos por alcançar tudo que nõs desejavamos.

Ficamos algum tempo em meditaçâo, agradecendo á Deus por

Estarmos alí naquele momento revereciando a Deus.

E ao descer o monte, tinhamos certeza plena que nossas preces

seriam ouvidas. . Três a quatro dias se passaram e aquele

aquele vento gostoso que precede a chuva se fez enunciar.

Logo mais eis que chega a chuva: solidária e benfazeja.

Olhei para aquela mulher, com admiraçâo e amor.Essa é

minha eterna mâe, minha Annabela.