VISITA AO DEPUTADO
Uma coisa boa perdida para a televisão e pro computador eram os causos, contos de histórias e estórias. Hoje em dia nem temos prosas, comunica-se rapidinho, nos "msn" ou qualquer outra novidade na internet, de comunicação "online". A viagem que era de semana, atualmente dura pouca hora de voo e a velocidade da impessoalidade também. Mas é gratificante encontrar nesta modernidade o Recanto das Letras para troca de conhecimentos epistemológicos, ternuras, apologias e cada causos de dá cólicas de risos . E eu, claro, saudosa dos tempos das rodas de conversas, na espera do milho assado e do queijo frito, vim bater uma palhinha pra vocês que compartilham comigo das recordações maravilhosas daquele tempo.
Numa cidade pequeninha, de um povo astuto, simples e sertanejo a política partidária era e é até hoje, terrível. Aliás não a partidária mas a politicagem. Acho que posso afirmar aqui, que desse mal, sofre todo nosso terrítório nacional. Bom, numa época eleitoreira, momento de buscar apoio dos grandes, um trio político resolveu visitar o gabinete do Deputado que eles apoiavam. Alugaram um táxi porque não sabiam transitar na Capital pra chegar na Assembéia Legislativa. Um probleminha da viagem eles resolveriam depois da visita, pois não sabiam retornar da Assembleia até a Rodoviária e o motorista não podia esperá-los. Detalhes, o trio era pão duro igual pedra. Ninguém tocou no assunto sobre pagar um táxi pra retornar. Apiaram, epa,desculpem-me, rsrsr, desceram do carro no endereço almejado, revirando os olhos apalermados com a altura do prédio. Meios não,totalmente embaraçados. Se identificaram na recepção e logo o recepcionista lhes informou o 14º andar onde ficava o Gabinete procurado. -Nossa Senhora Aparecida moço, faço os cálculos do tanto de escada, vamos viajar pro céu a pé.
-Não Senhor, vocês irão de elevador, entrem naquela porta de aço , logo que ela abrir e peça ajuda ao ascensorista.
Sem entender muito o que estava acontecendo, os três entraram no "quarto de lata" e meio apavorados e atrapalhados pediram ajuda ao rapaz.
-Podem descer Senhores, chegamos no andar que pediram.
- Mas já? Num piscar de olho, quanto é a viagem meu jovem?
-Nada Senhor, já somos remunerados para lhes ajudar.
- O que? É de graça? Mas isso é bom demais, será que pode nos esperar aqui e nos levar até a rodoviária nesse seu possante? Se bobear deve ser meia hora até nossa terra colegas...............