Quem quiser que conte outro

Era trinta e um de dezembro e resolvemos esperar o ano novo na ilha. A ilha ficava do outro lado da praia, só poderia se chegar lá de canoa.

A festa vai ser boa, iríamos ver os folguedos da praia. Estávamos em cinco pessoas. Eu, lógico, que me chamo Fonsinho, Luis meu melhor amigo, Juninho que é como um irmão, Paulinho e André que são geniais.

Pela manhã, já num clima de felicidade e euforia, arrumamos nossas mochilas e a barraca de dormir.

Luis ficou responsável pela comida da galera e não deixou de levar numa caixa de esopor com muito gelo, um belo pedaço de carne para fazer o churrasco. André cuidou das bebidas, tinha de tudo, desde refrigerante até aquela gostosíssima cervejinha para adoçar o bico da galera. Adolescente em época de descobertas a procura de liberdade e aventura tem que experimentar essas coisas que o mundo propaga. Paulinho tratou de levar a diversão, pegou o rádio da sua irmã, a bola, o xadrez e as raquetes.

A animação era grande, passar a noite longe de casa nesse acampamento de ano novo. Que emocionante! As horas até custavam a passar.

Estávamos na canoa e fomos cantando e idealizando o que aconteceria em nossa aventura de desbravadores.

Ao chegar na ilha armamos a barraca e saímos para fazer uma exploração básica no local. Andávamos um atrás do outro na trilha trilha de outros expedicionários.

Juninho era o último da fila. Estava tão encantado com tudo o que via e com sua primeira aventura, olhando para todos os lados, cantando e brincando com os insetos que se distraiu e ficou para trás. Nós o perdemos por horas, havia muitas trilhas e vários caminhos. Depois Juninho contou que estava desesperado quando com fome, resolveu ver o que havia trazido na mochila. Espalhou tudo no chão.Tinha fósforo, umas rosquinhas, balas, um canivete, uma lanterna e uma bíblia entre outras coisas.Nervoso e aflito, pegou a bíblia e começou a ler alguns salmos que falavam em ter confiança e crer em Deus. Rezou pedindo ao Pai do céu que fizesse que fosse encontrado. Juninho é católico praticante e sua confiança e amor a Deus era bastante grande e naquele momento parecia que tinha crescido ainda mais.

Encontramos Juninho louvando a Deus pela natureza, pela família e amigos que tinha e por essa aventura emocionante que estava vivendo. Foi uma alegria, nos abraçamos e voltamos para o acampamento.

Naquela noite de ano novo, rezamos e pedimos ao Pai que abençoasse toda a humanidade fortalecendo nossa fé num futuro que seja vivido na paz, na fraternidade e no amor.

A bíblia desde então sempre nos acompanhou em outras aventuras. Descobrimos que a palavra de Deus nos fortalecia e nos dava coragem para seguir adiante.

Este é o meu conto, quem quiser que conte outro...

(http://afonsoecris.ubbihp.com.br)

(http://massajovem.zip.net)

Painho
Enviado por Painho em 05/12/2006
Código do texto: T309827
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.