RÁPIDAS E RASTEIRAS
Como disse em outra história, uma das coisas que admiro nas pessoas é a presença de espírito, em determinadas situações. Foi ouvindo e lendo que colecionei alguns momentos espirituosos.
Contam que na Câmara Federal, quando ainda era no Rio de Janeiro, o deputado Carlos Lacerda ocupava a tribuna com um discurso prolixo, quando um impaciente colega pediu um aparte e questionou: “O discurso de Vossa Excelência é um purgante!”. Lacerda devolveu rápido: “E Vossa Excelência é o efeito!”.
Dizem que Antonio Marinho, violeiro repentista do Nordeste ia levando um couro de cabrito para vender no povoado. Encontra-se com um admirador e este querendo puxar assunto apontou para o couro e perguntou: “É cabrito?”. Marinho respondeu: “É couro!”. O admirador não se deu por vencido: “É do senhor?”. Novamente Marinho: “É do cabrito!”.
Joe Louis, um dos mais famosos pugilistas do mundo, bateu seu automóvel num outro veículo dirigido por um cara de baixa estatura. Este, então esculachou com o pugilista. Um amigo de Joe, que assistia, questionou: “Joe, pôxa! Você é o maior pugilista da atualidade e deixa esse nanico falar esse monte de desaforos?!”. Joe Louis calmamente explicou: “Você já pensou quando alguém fizer isso com o Caruso (que o céu o tenha) e ele tiver que cantar uma ópera?!”.
O Secretário de Segurança Pública foi visitar de surpresa um presídio. Ao adentrar numa cela viu um colchão encostado, mandou retirá-lo e deu-se com enorme buraco na parede. O secretário perguntou a um preso que estava ali por perto: “Quem fez esse buraco aqui?”. O preso calmamente respondeu: “Doutor, não sei não, mas acho que é alguém querendo entrar!”.
Por hoje é só.