FESTANÇA

Dia primeiro de abril, dia da mentira, mas os fatos aqui relatados são pura verdade, ou quase, alguns fatos serão omitidos e ou modificados hehehe

Sábado de sol, dez da manhã, os preparativos estão adiantados, o pai do Zézinho, seu Zezo, um homem que já ostenta o título de mestre da arte de fazer churrasco, já aplicou nas iguarias principais da festa (alcatra, costela bananinha, costela ripa, alcatra, picanha) seus principais segredos temperísticos.

A cerveja acompanhada de gelo já está no coxo (para vocês leigos, informo que coxo, vocês conhecem aí na cidade grande como: tanque de lavar).

Na verdade a festa já estava iniciada, pois Zézinho já havia dessatarachado a primeira cerveja e degustado juntamente com seu pai, sua irmã e seu ex-cunhado JR (aquele da série Dallas, só pros mais veio e experiente vão saber quem é).

E vão se chegando os primeiros convidados. Os mais ilustres, os magnânimos e esbeltos, espetaculares, Joãozinho “o dançado”, e seu mais ilustre ainda irmão Pedrinho, sem adjetivos. Que conjuntamente trazem junto de si um poderoso e afrodisíaco refresco para este belo dia que já se desenrola, um litro de Tequila.

Logo após chega o insignificante, tratante, e fraco de uma família menos afortunada, o Gigio, não teceremos mais comentários sobre este, por ele ser sem de grande valia para este evento, né seu Zezo??

- é!!! só faz fogo este rapaizinho, muito fraco, não é parceiro e não tem o garbo dos grandes como Joãozinho e Pedrinho!!!

Já rolava uma costela banana acompanhada de umas cervas bem geladas, a música rolava em som ambiente. Quando de repente surge na cerca, o vizinho do Zézinho, Asdrúbal, perguntando se poderia participar da festa. A qual teve como resposta um sonoro não. Então ele disse:

- nem queria mesmo, vou assistir tevelisão e praticar tiro ao alvo!

Nesse ínterim já estava presente o Boca, que havia retornado de longas férias em Londres, juntamente com seu irmão Jeff. E a cerva rolava solta juntamente com goles secos de tequila, e também de um chifre cheio de vodka e batida de laranja. A esta altura já existiam algumas pessoas um pouco exaltadas.

Joãozinho, para ver a multidão que se aglomerava em torno da propriedade do seu Zezo e que gostariam de participar deste mega evento, que era restrito a só cinqüenta por cento da cidade, subiu numa árvore nativa de mais de 10 anos de vida. E logo em seguida, lá se seguiu por uma corda uma garrafa de cerva, a qual imediatamente ele recusou:

- se não me mandarem a garrafa aberta eu não quero! Não sou obrigado a abrir nos dentes!

Foi prontamente atendido seu pedido, sendo-lhe enviado uma garrafa sem a tampinha. Neste tempo embaixo da árvore de mais de 15 anos já se encontravam quase que num ritmo de dança indígenas, o Zézinho, Boca, Jeff, JR, enquanto que Pedrinho e Seu Zezo e sua filha Zequinha somente acompanhavam a movimentação, eis que da corda que servia para o envio de cerva para o Joãozinho, agora surge amarrado nela o Zézinho, pendurado pela cinta e balançado de um lado para o outro, ao uivo dos mais exaltados.

Balançava de um lado para outro, vai e vem, quando, como num passe de mágica ele desapareceu, e todos se perguntavam onde ele estaria?? e eis que alguém teve a brilhante idéia de olhar no chão a 50 metros de distância e lá estava ele, Zézinho estatelado no chão com os braços e pernas abertas, enquanto todos rompiam numa sonora gargalhada.

E já recuperado deste pequeno e insignificante incidente, Zézinho continuava a bebericar seu copo de cerveja juntamente com os últimos goles de tequila, que a esta altura a garrafa jazia vazia na mesa. E a cerva do coxo também já estava no fim, pois o dia de sol escaldante era propício para que se degustasse ela com moderação, não o caso aqui.

Zézinho foi pegar mais uma cerva no coxo, e qual foi sua surpresa, quando olha e vê que seus convidados estavam com sede, e já restavam poucas unidades naquele recipiente.

Boca e Jeff prontamente falaram conjuntamente:

- vamos buscar mais!! Ligue pro Miguel e diz que tamo indo lá!

Apesar de que, não seria necessário, pois tinham na despensa vários engradados do líquido em questão. Mas, indiferentemente disto, foram buscar mais cerva. Enquanto Seu Zezo e Pedrinho ficaram rodeando a churrasqueira e comendo carne, alguns heróis foram buscar a dita cerva, com um carrinho de mão e umas caixa de cerva em cima, ia Joãozinho empurrando-o, enquanto Boca, Jeff, Zézinho e mais alguns acompanhavam-o-o.

Chegando próximo do destino final, ou seja, a bodega, nosso herói voluntarioso que dirigia o carrinho de mão seguiu, entrou pela porta, começou a subir as escadas, e percebendo que seus acompanhantes ficaram do lado de fora, e vendo que aquela não era o caminho certo, pois tinha um monte de sofás, armários, guarda roupas, mesas e cadeiras, fez um retorno não permitido e começou a descer a escada, quando derepentemente eis que a caixa de cerva que estava em cima do carrinho de mão despenca.

Rolaram pela escada as garrafas, caindo no piso frio, dando aquele som lindo e maravilhoso de vinte e quatro garrafas de cerveja repicando e se estatelando no chão. Os acompanhantes que do lado de fora estavam, de súbito tiveram um ataque de gargalhada e colocaram as mãos na cabeça, sentaram na calçada enquanto que Joãozinho sozinho começou a juntar as garrafas que haviam sobrado intactas no piso, sobraram vinte e três, por destino ou será o quê que possa ser, só uma havia se despedaçado. Joãozinho olhou ao redor e percebeu que tinha adentrado numa loja de móveis e disse:

- porta errada, hehe!!!!

Nossos amigos voltaram com a cerva e mais alguns convidados. E Seu Zezo, apesar de ter escondido o litro de tequila vazio do lado da churrasqueira, mas uns convidados sempre inxeridos descobriram seu esconderijo e solicitaram outra garrafa de tequila, e ele tirou de seus bolsos recheados, algumas notas de reais e mandou:

- peguem mais um litro de tequila para nóis, que eu sou forte e esta tequila ta boa!

E Pedrinho também emendou:

- tamxcaq sou ferhte, tamééééém que.....

Mas, ninguém entendeu os seus resmungos indecifráveis, apesar que ele imaginou ter se expressado dignamente.

A festa rolava, eram agora quinze horas da tarde, convidados iam e vinham a cerva gelada estava, a tequila novamente já estava desaparecendo, quando outro litro surgiu, e mais algumas bebidas que por ora não renomearemos.

Enquanto isto, os mais fortes estavam sobrevivendo, ainda, surge uma abóbora (devia pesar uns 5 quilos) que serviria de comida para o porquinho do Zézinho. Mas vocês sabem como é, um monte de homens praticantes de esportes, vendo uma abóbora, (eu creio que eles já estavam vendo uma bola oficial da copa mundo) começaram a brincar com ela, Joãozinho fazia embaixada com ela, passava de letra pro Bob, que matava no peito e despachava pro Zézinho que emendou de primeira, partindo a abóbora em vários pedaços e seu dedão do pé também (foi no médico segunda e foi constatado trincaduras no osso do dedão).

Enquanto Pedrinho ao redor da mesa, brincava com JR de virar copinhos de tequila, Joãozinho cansado de ter subido em árvore, ter subido escadas, carregado cerveja, brincado com a abóbora se retirou para assistir o jogo clássico internacional do Rodeiozinho e São Tomas que estaria passando na TV.

Enquanto isto a rapaziada que tinha acabado com a bola de futebol, ou seja, com a abóbora, resolveram brincar com o Zézinho, o aniversariante do dia 04, esta festa era em sua homenagem, tiram-lhe um dos tênis e jogaram no chiqueiro, onde o porquinho do Zézinho começou a se sentir se mal. E subitamente vinte e duas pessoas pularam em cima do Zézinho fazendo aquele bolinho de pessoas e ele lá embaixo. Isto fez que ele passasse mal, sendo levado para melhorar e tomar um banho de chuveiro.

(ficou romântica esta parte né. Na verdade aconteceu o seguinte fomos buscar o Joãozinho no carrinho de mão, pois o piá tava babando no sofá da sala do Seu Zezo, e quando voltamos já estava aquele bolinho em cima do Zézinho e ele estava passando mal e foi imediatamente levado para o chuveiro, onde suas roupas foram rasgadas violentamente por quem acompanhavam-o, quase que fizeram um estupro, não serão citados nomes para não denegrir a imagem destas pessoas, e o Zézinho era empurrado para baixo do chuveiro, mas ele não queria ficar, foi forçado e ele ficou lá por uma hora, depois tirou uma soneca de algumas horas), enquanto que isto no jardim onde havia se desenrolado a cena do bolinho de pessoas, agora somente pássaros e outros animais silvestres aproveitavam de resquícios da passagem do Zézinho, ele tinha deixado restos de comida e carne.

Nosso aniversariante ficara aproximadamente uma hora embaixo do chuveiro, e agora repousava mansamente em sua cama no seu quarto, o estômago estava tranqüilo, pois estava limpo, quando todos os vinte e dois convidados haviam pulado em cima dele.

De vez em quando iam seus súditos querer lhe acordar, puxando a coberta e querendo tirar-lhes a cueca. Enquanto o aniversariante dormia, os convidados continuavam a tomar cerveja, tequila, vodka com batida de laranja dentro do chifre, uísque, cachaça, e a comer carne, tudo conversando animadamente e amistosamente.

E de sopetão, Joãozinho resolveu, e isto já era noite (19:00), subir na árvore nativa de 20 anos de idade, aquela mesma que ele havia subido no meio da tarde poucas horas atrás, e disse:

- vuo zuvir ...ic... láaaa enzima ...ic... narvori!!! (tradução: vou subir lá em cima na árvore)

Todo mundo entendeu que ele queria subir na arvore, porque estava apontando com o dedo para o topo dela. Todos que estavam presenciando a cena, a maioria em seus estados letárgicos e anestesiados não se mexeram e nem se oporam, mas sim apoiaram-o-no.

- suba! suba! Suba!

E quando o Joãozinho já havia conseguido colocar a mão na árvore e demonstrando seu interesse em subir realmente, foi impedido bruscamente pela mãe do Zézinho, a Dona Maria, que agarrando-o pela camisa o fez tirar a mão da árvore e disse:

- eiiiii, você não vai subir nesta árvore neste estado....vem comigo!!!

E ele seguiu-a até a sala, onde há pouco tempo ele já jazia inerte, e desta vez não foi diferente, só foi deitar no sofá, já estava ele roncando. Neste tempo, quem recebia as convidados que ainda chegavam era o Bob.

Neste mesmo tempo na churrasqueira, estavam ou continuavam lá desde o início do festerê, o Seu Zezo, Pedrinho, Boca, Jeff e os demais convidados que agora saboreavam aquela costela, que até banguela comeria de tão macia que estava, isto claro que acompanhada de pão, tomate e maionese, e claro cerveja e alguns resquícios de tequila ainda. Neste ínterim, surge quieto e disfarçado o Gigio, todo engomadinho, só para ver o que que tava rolando, mas como ninguém deu bola para ele, assim como veio ... foi.

Depois de passado mais algumas horas, eis que surge de novo, ele ... o Joãozinho, porque havia escutado vozes femininas que no seu ouvido lhe diziam para ele levantar e ir com elas lá na festa. E assim ele foi, chegando lá já foi mandando no maior estilo pegador, deitou no colo de uma das convidadas (Não divulgaremos o nome dela por questão de segurança nacional. Não insistam! não perguntem! não responderemos a está questão!) e papo vai, papo vem e o Joãozinho com fome, dá-lhe uma mordida no braço da menina, que deixará marcas por várias semanas, isto que ele tava do lado da mesa, onde jaziam os restos da costela e dos demais comes e bebes. Isto fez que a convidada fosse obrigada a se retirar da festa para o devido tratamento contra raiva.

Enquanto isto nosso aniversariante, que já havia se levantando, mas não tinha coragem de chegar perto do fervo da festa, agora recebia seus convidados na sala, onde não havia bebidas alcoólicas e nem comida, apenas café forte e sem açúcar. Joãozinho, já saciado pelo deguste de especiaria de primeira qualidade que tinha provado, já de novo estava deitado no colo, agora de outra convidada e já estava mais abusado ainda, estava com os pés no colo da irmã dela.

Neste tempo o vai-e-vem de convidados era grande. E foram ficando, como sempre, alguns em volta da mesa ao lado da churrasqueira, e Seu Zezo fala para o Pedrinho:

- fosse você pegava aquela moreninha, a filha do Xerife, ela ta fácinha, ou tem aquela ruiva peitudona amiga dela!!! Eu na tua idade não dexava escapar nenhuma delas, catava memo!!!

Pedrinho dá aquela olhada, com aquela cara onde os zóios já não agüentavam mais ficar abertos, devido ao avançado da hora, disse com a voz embargada pelo álcool:

- fia do xerife, aquela lá ..... gostosa hein seu Zezo!!! Fia do xerife hahããã!!!

Enquanto isso Joãozinho, já novamente estava na sala foi ver como estava o aniversariante e já aproveitou para sentar no sofá e esperar que logo já começaria a corrida de fórmula um, era na Ásia e iniciaria a uma da manhã, nessa espera, pra variar acabou dormindo e não viu o início da corrida.

Enquanto um pessoal estava na sala, outros continuavam ao lado da churrasqueira com as meninas, Paulinho aos beijos com uma morena, menina nova, devia de ter uns 17 anos, no máximo, não tenho detalhes de como foi aconteceu este fato, quando eu saí daquele local ele estava conversando com a outra morena, a filha do xerife. Mas, Seu Zezo comentou:

- num é a fia do xerife!!! Essa menininha até eu queria pega ....tão ...tão bonitinha ... rostinho ...uiii!!! cara de sorte este Paulinho memo!!!

Enquanto Paulinho continuava beijando, o pessoal continuava conversando e começou a rolar uns esquemas para mais tarde um pouco, isso se já não fosse tarde!!, com a fia do xerife e a ruiva peituda .... agora quem pegou quem, vocês continuarão se perguntando, porque eu num vou contar não!!!.

Na sala o Joãozinho abria o zóio de vez em quando olhava os carrinhos passando na televisão, daqui a pouco dormia, acordava via mais uns carrinho e voltava a dormir. A esta altura quase todos os convidados já tinham ido embora, e Seu Zezo estava meio indignado, porque todos os convidados eram fracos, porque não agüentavam beber igual ele, o aniversariante Zézinho estava na outra sala descansando e dormindo, o Joãozinho tava dormindo no sofá, no outro sofá tava o Empresário de Sucesso e seu genro JR á horas que estava deitado, sua esposa também já não queria ficar cuidando de ninguém, o Boca e o Jeff foram, o Bob sumiu no meio da festa após atender um telefone misterioso, o único parceiro mesmo que agüentou a festa toda sem afroxar e desde o começo, e que tava bem foi o Pedrinho, tinha bebido bastante e de tudo Tequila, Cerveja, e vodka, mas que continuava bebendo, e Seu Zezo disse:

- este rapaiz é parceiro, tá aí desde o começo e tá inteiro ainda...esse é dos bão!!!

E disse gritando pro Paulinho, que continuava nos amasso:

- hein Paulinho!!! não vá gasta o beiço de tanto beijar!!!! Eita rapaz sortudo!!!

Os últimos convidados estavam indo embora as quatro da manhã, Pedrinho assistiu a chegada da corrida de fórmula um, agradeceu e se despediu de todos e também foi embora, enquanto Joãozinho ficou ali estatelado no sofá. Seu Zezo preferiu não acordá-lo e deixou-o-o dormindo, enquanto no outro jazia o Sucesso, Seu Zezo fechando as dependências da casa, também foi dormir e descansar, porque era domingo e tinha que fazer um churrasco pro almoço.

Juvenal Tiodoro
Enviado por Juvenal Tiodoro em 14/06/2011
Código do texto: T3034102
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