ARANHA VINGATIVA
ARANHA VINGATRIVA
Ao catar o conteúdo da pasta de couro aproximou-se o ônibus 014 Parque Ateneu-Campinas e utilizei dele de imediato. Ao chegar a meu escritório procurei dois blocos de recibos que estavam dentro da pasta, nada deles.
Lembrei dos documentos no chão quando do ato impensado de derrubar a aranha da teia. Pensei meu ato foi pior do que imaginei trouxe-me um prejuízo, pequeno, mas de fato um prejuízo.
Na minha volta para casa no mesma linha de ônibus tive que andar mais três quarteirões a pé pois o itinerário da volta é diferente.
Chegando ao local avistei os blocos distantes do local da contenda. Os peguei colocando-os na algibeira, eram pequenos. Olhei então para a “manguba” qual surpresa me pegou o aracnídeo dependurado de cabeça para baixo, dependurado como nós humanos nos vemos ligados à crosta terrestre. Nem sei se ele ou ela tem olhos, senti em seu olhar de novo a mesma interrogação:
- Voltou papudo...
Goiânia, 27 de MAIO de 2011.