- Ela havia duvidado de nós

Tenho um amigo, primo meu; Contou-me uma historia e resolvi contar-lhes, claro sem revelar o nome dos demais citados. Lembrando, se passa de um caso hipotético; Passar bem!

Estava tudo relativamente bem, eles haviam terminado fazia um mês; ele estava se recuperando como todos fazem.

A sua vida aos poucos estava voltando ao marasmo de antes. Então uma recaída, “ela estava doente” foi à desculpa que ele nos arrumou.

Domingo de páscoa, Fla Vs Flu, cerveja gelada na padaria da esquina; Ele não conteve seus sentimentos (ou sua burrice), ligou para sua ex-cunhada, uma conversa tranqüila, algumas explicações. Relutante quanto à decisão, a melhor (segundo ele) foi escolhida, uma visita apenas para certificar-se que tudo estava bem {afinal ele era médico, ou com certeza tinha o dom da cura em suas mãos}.

A surpresa. Apesar de terem terminado “drasticamente” e as tentativas de reconciliações todas terem sido frustradas e frustrantes sua aparição surpresa não causou nenhum estresse, o desenrolar da visita foi bacana segundo meu “primo, amigo”. Eles conversaram até sobre varias coisas, a saudade que ele antes sentia acabará de se retirar e tudo andava como (não planejado) por ele.

A até então ex-namorada dele o convida para uma conversa particular, ambos se retiram e se vão ao quarto. Ela o beija fazendo juras, prometendo esquecer o passado e ele... Simplesmente culpado pelo que houvera feito antes, se compromete em mudar cada erro possível.

Uma reconciliação acabara de acontecer, meu amigo não sabia como expressar sua felicidade; Mas ele não sabia que a mesma duraria tão pouco tempo.

A segunda chegou rápido; Sol alaranjado lá fora, e lá se ia ele feliz e contente, contado ás horas para rever o seu agora “namoro restabelecido”.

20h30min segundo ele acabavam de marcar o relógio da padaria, o frio e as borboletas no estomago estavam de volta, mãos suadas e frias “droga ele estava apaixonado”.

Seu amor o atendeu no portão, trocaram algumas palavras; ela estava ocupada com seus afazeres domésticos; “lindo e chato ao mesmo tempo”.

Ele voltaria na Terça, sim ele voltaria.

Deu as costas e se foi, seu celular toca, ele atende:

- Fala Anderson, tranqüilo?

- Sim cara, tá onde? Passa aqui em casa.

- Já é, indo ai.

Ao chegar à casa do Anderson meu amigo toca o interfone e aguarda...

Enquanto isso a cunhada do meu amigo passava pela rua e o via displicente sentado em uma calçada qualquer, provavelmente 21h00, ela a vê e sorri.

- Esta fazendo o que ai garoto?

Ela pergunta sem preocupação;

- Estou esperando um amigo, diz ele.

E lá se foi sua cunhada, e ele não sabia que isso mudaria de vez a sua vida.

A terça feira chegou realmente tão rápido como passou...

Ele me contou os problemas dos 3 dias (terça, quarta e quinta) então posso resumi-los como “Literalmente Desconfortantes”. Brigas, brigas e mais brigas; ele não sabia o que fazer ou como agradar e isso já o estava deixando louco, então ele resolve fugir sei lá ele não soube explicar. A semana se seguiu e de quinta feira o infeliz só foi dar o ar das graças na outra quarta (seis) dias de sumiço.

Sua decisão estava tomada, o termino era a melhor decisão pros dois (ou três).

Seria fácil fazê-lo, nada o pararia a não ser... A não ser as palavras que ela dissera a ele tão afiadas quanto agulhas, ferindo-lhe cada centímetro da alma, cada pedacinho do coração. E então a “Acusação”:

- Você está me traindo eu sei, com uma mulher daqui de perto, uma pessoa aqui de casa viu, não minta pra mim.

Pude ver a dor nos olhos dele ao me contar.

- Eu? A traindo? Mas eu a amo.

Era o fim, o fim do que havia recomeçado a pouquíssimo tempo, como era tão simples assim deixá-lo? Desconfiar dele?

Ele se foi, não se lembra a data especifica mais sabe que foi no mês de maio;

Então em uma das nossas demasiadas conversas e ao me declarar o que esse estrondoso relacionamento havia o causado, fomos ligando os fatos...

Segunda feira (antes do termino) tudo estava realmente bem, o amor estava no ar. Ele se vai à casa de seu amigo, o aguarda na calçada do apartamento: Então sua querida cunhada aparece, o vê e deduz coisas mil em sua ardilosa mente.

Terça a mudança é eminente, dias depois o termino do namoro...

Eu perguntei a ele “Mais cara você tentou explicar a ela que estava na porta de um amigo e que ao menos que você a traísse com ele, a traição era impensável?”

Ele apenas me disse que não era importante, não havia confiança, o amor já era pequeno demais e...

Ela havia duvidado de nós.

Paschoal George
Enviado por Paschoal George em 18/05/2011
Reeditado em 21/05/2011
Código do texto: T2978493
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