Um causo real.

Já tem muita gente quase dependurando a chuteira. Infelizmente, quando a idade chega e a aposentaria se aproxima, o sujeito passa a ver que precisa arrumar um jeito de aproveitar seu tempo com coisas de seu gosto.

Não é à toa que muitos dos nossos amigos da “Bancada da Bola” têm sido vistos, em finais de semana, curtindo o ambiente campestre, especialmente ao lado das águas mansas de um riacho ou de um rio, exercitando seu esporte do futuro: Uma boa pescaria.

É verdade que esse tipo de lazer não é exclusivo daqueles que estão se aposentado, visto que há muitos jovens que também curtem esse hobby, eis que, não raras vezes, alguns atletas somem dos campos de futebol para se esconderem nos recantos rurais à busca de um bom pescado.

Mas, o objetivo desta matéria não é filosofar sobre essa espécie de lazer, até porque cada um faz do seu lazer o que bem entender. O foco deste artigo é destacar a ‘fome’ de alguns amigos e parentes, quando o assunto envolve uma boa pescaria. Eu, particularmente, conheço três cidadãos que rejeitam qualquer programa, por mais insinuante que seja, largando tudo, para correr pelas estradas de chão atrás de uma oportunidade de ‘molhar a minhoca’. Dois deles estão dentro da minha família: Meu irmão Aldo abdica qualquer compromisso para ir pescar, seja o que rio que for – com peixe ou sem peixe. Meu outro quase-irmão (filho segunda esposa de meu pai), o Gerson, conhecido entre nós por "Opache" é o mais 'fominha' de todos. Esse já quebrou carro nos atoleiros das estradas, atrás de pescaria. Já, aqui, na “Bancada da Bola”, existe outro de mesma índole. O Alcírio Glagau agradece qualquer outro compromisso se alguém o convidar para estar à beira de um rio.

Este último é tão ‘fome de pesca’ que estava desesperado com as enchentes do início deste ano que ocasionaram desníveis históricos nos rios, ocasionando o afastamento desses apaixonados pelas pescarias, já que as condições eram de ‘calamidade pública’.

Creio que a senhora sua esposa, estava rezando para que ás águas abaixasse, pois, certamente, o humor do seu companheiro não era o mesmo desde que as chuvas insistiam e torná-lo um refém do lar. O bom disso é que ele vai descobrindo os pontos melhores de pescaria e traz notícias que podem motivar aqueles mais descrentes. Sou um destes últimos, mas, com a idade, estou me deixando levar, já que meu futebol está bem escasso nessas alturas dos acontecimentos.

Esta matéria tem o fim de homenagear esse nosso cicerone, afinal, foi ele quem marcou uma pescaria para o mês de junho. Não sei se vai ser preciso levar cobertor para as minhocas e capa para os molinetes, já que nessa época o frio é intenso.

A ‘novidade’ é que ele já esteve este ano no mesmo local, lá no Pequi e, com a intenção de convencer os demais, tirou algumas fotos dos ‘lambaris’ que pescou, a quais faço questão de registrá-las, já que num futuro bem próximo, a continuar essa moda, acabaremos montando uma equipe da “Bancada da Pescaria”.

(Texto feito, exclusivamente, para publicação no site www.maonataca.com.br). Confira...

Machadinho
Enviado por Machadinho em 18/05/2011
Reeditado em 18/05/2011
Código do texto: T2978069