Salvo por um fantasma

Aconteceu próximo a grande serra Parimá, fronteira Noroeste entre Brasil e Venezuela. Era final da corrida do ouro no estado de Roraima, Rosemberg um rapaz pacato e conhecedor da floresta e do lavrado, nasceu nesse universo de garimpos aqui do Estado. Já havia garimpado diamantes com o seu pai na serra do tepequem.

Resolveu no começo dos anos 90 que iria se aventurar mais longe onde tivesse muito ouro. “A fofoca” nome dado ao local do ouro, apontava para o oeste do estado, no pé da serra Parima Paracaima onde existe uma floresta virgem, dali vinha historias de garimpeiros que conseguiam pegar até 200 quilos de ouro puro. Berg resolveu se aventurar nessa direção, largou a serralheria que trabalhava em Boa Vista (capital) e se embrenhou na mata, pegou um voou de quase uma hora que saia do município de Alto alegre também no oeste do Estado, voou todo esse tempo até pousar numa pista clandestina aberta no meio da selva.

A proposta de trabalho que ele conseguiu foi de “meia praça” na porcentagem, tomaria conta de um par de maquinas para ganhar 30% do que produzisse. O par de “maquinas” na verdade é um par de motores estacionários, ambos tocam bombas d'água, uma com alta pressão para furar a terra “o barranco” onde supostamente esta o minério, a outra que suga a terra misturada com a água (lama), jogando esse material de cima para baixo numa caixa “resumidora”, uma especie de escada de Madeira coberta por um “carpete” esse ultimo será o paradeiro dos grãos de ouro que por serem mais pesados ficam ali.

Depois de algum tempo esse carpete e retirado da escada e lavado dentro de um balde (processo chamado de despescagem), onde é adicionado mercúrio ao material lavado, o mercúrio faz com que os grãos de ouro se agrupem, a partir dai o material esta pronto para ser “cuado” peneirado e queimado, tornando-se um “Beijú dourado” especie de bolo dourado.

Depois de chegar a tal pista Paulo teve que caminhar quase dois dias por dentro da mata até chegar na “clareira” local onde trabalharia, as maquinas já haviam sido deixadas lá na clareira, foram transportadas por Helicóptero, “uma Operação cara” . Quando chegou ao local percebeu que o pessoal que estava lá parecia tudo gente boa, viu logo um conhecido do tepequem. Alguns já trabalhavam a quinze dias, tinham ajudado a abrir a clareira, diziam estarem apreensivos, por causa de boatos que rolava nas imediações.

Falavam sobre ataques na região, promovidos pela guarda nacional Venezuelana que reivindica o local e já havia abatido um pequeno avião a metralhadas bem próximo da serra, Segundo os Venezuelanos a área esta dentro de seu território, difícil saber porque não ha “marcos” nessas fronteiras.

Berg não ligou para o boato, queria era trabalhar, já estava acostumado com essas fofocas (historias), cuidou logo foi de montar o equipamento de trabalho, com ajuda de mais dois homens ele instalou o seu par de maquinas no baixão, depois cuidou de fazer o seu acampamento bem próximo a clareira, consistia em amarrar sua rede nas arvores mais próximo. O trabalho estava a uns 200 mts, na margem de um igarapé que desce da serra.

Perto da sua rede fez um fogo para cozinhar, ali cada qual faz a sua comida, não ha infra-estrutura. Trata-se de “Barranco novo” ou seja trabalho pioneiro, a estrutura virá com o tempo se acharem muito ouro, montarão uma cantina e abrirão uma pista de pouso. Durante a noite Berg dorme só de cueca o calor é insuportável, esse é justamente o período do ano em que as chuvas diminuem.

Passou-se um mês, chegou dois vôos na pista distante da clareira, são mantimentos para o gerente do garimpo e mais três garimpeiros oriundos do estado do Pará. Logo após deixar os garimpeiros na pista os aviões decolam em direção a clareira, minutos depois já podiam ouvir um dos aviões passar dando um “razante”, é o aviso para o pessoal se proteger “ai vem Lançamento”, não demora muito é os sacos cheios de mantimentos forrados de serragem ou cascas de arroz explodem entre as arvores, espalhando folhas, galhos secos, casca de arroz e enlatados, parecendo um verdadeiro bombardeio em meio a selva, em seguida vem as piores "bombas" são as botijas de gás contendo Óleo diesel, também são lançadas do avião fazendo um estrago maior ainda, algumas batem nas arvores caídas e ricocheteiam como se fossem atiradas de um formula I em movimento, quando caem livres e não encontram obstáculos enterram na lama e algumas se perdem.

Depois de vários lançamentos o avião da um rasante bem próximo a copa das arvores, coisa que faria um kamikase gelar, então é o sinal que acabou os lançamentos, vão embora, essa manobra de lançar as mercadorias é arriscada e as vezes dispendiosa mas torna-se mais barato quê deslocar o Helicóptero por isso é muito utilizada.

Os garimpeiros que vieram nesse voo chegam a clareira no outro dia de tardezinha, dizem vir do Pará, Segundo eles lá o garimpo esta “devagar”, eles ouvirão sobre a "fofoca" de Roraima então resolveram arriscar, um deles é um Paulistinha jovem que não tem muita experiencia com garimpo. Recém formado em odontologia, veio para os garimpos do norte do Brasil na esperança de arranjar dinheiro rápido para montar o seu próprio consultório em são Paulo.

Assim que chegou o novato amarra logo sua rede bem próximo a de Berg que de agora em diante será sua sombra, pois o gerente do garimpo vai coloca-lo para ser ajudante do Berg, principalmente por ele ser um cabocó paciente, ensinará ao Paulistinha a arte de garimpar com bomba e bico, quanto aos outros dois já são garimpeiros experientes.

O tempo vai passando, cai uma chuva durante o dia, a noite o calor piora, fica abafado o Paulistinha parece não estar se adaptando aquela nova vida, anda meio estranho. Quando chegou falava bastante, agora um mês depois já não abre quase a boca, Berg diz em tom de brincadeira que ele pegou “quebranto” mal olhado… O mesmo solta um leve sorriso de canto de boca, mas não quer conversar, seu quadro é de depressão.

O barranco começa a fagulhar ouro, Berg se anima, o Paulistinha também, resolvem que dentro de dois será domingo, irão até a pista buscar uma cachaça para comemorar. No dia seguinte Berg se levanta cedo com o cantar das Aracoãns um pássaro da família do Jacó. Aracoããnnn, Aracoãããnn, Aracoããnnn. Põem os pés fora da rede esfrega os olhos, pega uma garrafa de Q-boa que agora esta com aguá do igarapé, toma um pouco, em seguida faz um gargarejo e cospe.

Passou a vista em volta, ainda estão todos dormindo, tudo esta tomado pela nevoa da madrugada, consegue enxergar a rede de seu parceiro mas ele não esta deitado, se admirou e pensou: “è o Paulista levantou cedo, deve estar dando uma cagada matinal”. Em seguida se levantou, vestiu seu short e camisa pegou a espingarda e saiu, para caçar, tentará matar um “mutum” uma especie de pirú da floresta, essa é a hora deles, cedo assim eles sempre atravessam no caminho que leva pro baixão.

Berg caminha sorrateiramente dando a volta por fora do caminho tradicional, de repente ouve; Dum! Dum! Dum! São três mutum cavalo, caminhando enfileirados, estão na mira. Berg escorou a espingarda em uma arvore fina, abarcou o guarda mão junto com a arvore, cochilou na mira igual a um Sniper (atirador de elite), alguns segundos e a sua 16” abriu o bico. Pouuuu!! A pólvora queimada se misturou com a nevoa e tomou conta da paisagem, enquanto isso um dos galináceos se contorcia mortalmente ferido... Os outros fugiram… Acertou toda a carga de chumbo quente bem na cabeça da ave, não sobrou muita coisa da cabeça do animal.

Pegou a caça abatida e retornou para o acampamento, dessa vez pelo caminho normal, terá que limpa-la antes de começar a trabalhar, levou-a ate a beira do igarapé onde lhe retirou as penas e vísceras, a nevoa já esta se dissipando quando voltava para o acampamento. 50 metros antes de chegar nas redes viu um leve movimento do lado direito, lá estava ele, o Paulista estava um pouco acima do nível do solo, encima de uns troncos caídos, dando a sua cagada.

“Olha só oque temos para o Almoço” disse Berg levantando o mutum, não obteve resposta, “Paulista é você que tá ai” nada, resolveu conferir de perto, quando se aproximou teve uma surpresa não muito agradável o paulista estava pendurado, ele se enforcará. Nesse instante correu um calafrio no corpo de Berg afinal quando parecia que tudo ia melhorar o rapaz resolve se suicidar.

Berg achou melhor chamar os outros, caminhou até a clareira e anunciou “Pessoal o Paulistinha se enforcou” a noticia foi acordando todos, em poucos minutos estavam todos olhando para o corpo do rapaz pendurado,” vamos tirar ele dai, dois seguraram o corpo enquanto Berg cortou a corda, colocaram-no na sua rede junto com todos os seus pertences.

Vamos ter que jogar ele longe retrucou alguém, "É a lei do garimpo”, morreu já era, joga o corpo longe com os pertences, e cada um corta um galho de arvore e joga por cima, até ficar quele monte de galhos” ali o corpo se decompõe, ou os animais da floresta comem... So se avisa os parentes depois, porque se não isso atrai "policia" é a ultima coisa que eles querem por aqui.

Berg diz: “Não deixa ele ai, eu vou dedicar esse meu dia de trabalho a ele, vou enterra-lo”. Dito isso todos começaram a se dispersar, seguindo com o cotidiano. Berg pegou um terçado uma picareta e uma pá limpou no pé de uma grande Samauma uns 300 mt longe do acampamento, começou a cavar uma cova, a grande árvore era para marcar o local. Levou um tempo cortando as raízes, deu um baita trabalho, é difícil cavar uma cova na mata com tantas raízes mas Rosemberg achava que o Paulistinha merecia ser enterrado a sete palmo. Depois de enterrar o companheiro Berg cortou dois galhos de “aquari-quara” uma Madeira de lei e fez uma cruz, enfiando-a em cima da cova, ali ele fez uma pequena oração despachando a alma do companheiro. Voltou para o acampamento para dar conta do mutum, estava sem apetite, toda aquela situação lhe tirou a fome, mesmo assim botou o bicho para “moquear” (Assar a carne bem devagar, uma forma de conserva-la) na pequena fogueira.

Talvez amanhã tivesse fome, hoje para ele o dia esta com um gosto horrível, pensativo Berg se acomodou na rede enquanto ouvia o barulho das maquinas roncando no baixão, “o que terá levado esse jovem a tirar a própria vida” essa era a pergunta que martelava seu pensamento. Talvez nunca venha descobrir a resposta mas, naquele momento se dedicou a pensar. Será que foi o calor da noite? Os sons da floresta? Capaz de enlouquecer quem não os conhece. Ou quem sabe foi o cansaço do trabalho duro que ele não estava acostumado, juntou com a saudade da família. “Uma coisa e certa aqui na floresta todo dia é dia de nascer e de morrer”

As horas se passam, as raízes vermelhas do sol tomam conta do céu, as maquinas silenciam, a nambu relógio anunciou com um pio tristonho que a noite chegou. Os homens chegam ao acampamento em silencio, alguns cumprimentam Berg que também esta em silencio… Berg não sabe mas logo terá uma grande surpresa.

O lusco fusco do por do sol da lugar a noite, pequenos fogos são acesos, os sapos cantores da beira do igarapé começam uma canção de ninar milenar orquestrada pelos grilos e gritos dos bacurais, Berg se levanta pega o seu mutum que já esta bastante moqueado, com um pedaço de cipó amarra as canelas pendura-o no punho de sua rede, não esta com fome. Dá uma volta no acampamento sem saber oque procura, talvez procure uma explicação. Deita-se novamente, puxa as bordas da rede para dentro e olha para o céu através da clareira, a noite esta estrelada, da pra ver o "Tapirápeco" O caminho das antas (a via láctea) é como se estivesse olhando através de uma grande claraboia, escuta a conversa baixa dos seus companheiros, vai aos poucos procurando o sono.

Retira as roupas e fica so de cueca, tenta dormir, por um tempo parece até conseguir mas uma "mãe da lua" (urutal) da um grito de arrepiar os cabelos.

As horas se passam a temperatura melhora, esta com os olhos fechados, subitamente tem a impressão que alguém balançou a arvore da sua rede, liga a lanterna que esta sobre sua barriga, foca para a arvore mas não vê nada que justifique o que ele sentiu, é justamente o lado em que o paulistinha amarrava a sua rede.

Pouco depois ouve passos nas folhas secas, esses passos estão do seu lado, vira de uma vez com a lanterna ligada, não consegue ver nada, a não ser um leve movimento das folhas no chão como se alguém tivesse acabado de pissa-las, Berg se pergunta se esta ficando louco ou aquilo é somente impressão dele. Tenta dormir novamente, sente uma coisa estranha não sabe explicar o que é, fica na rede virando de um lado para outro, uma agonia toma conta dele, quando acha que vai conseguir dormir, vem uma balançada no punho de sua rede e o assombra novamente.

Resolveu sair da rede, fica de joelhos e reza um “pai nosso”. Depois mais tranquilo senta-se na rede cruza as canelas por baixo dela e ensaia pegar no sono novamente, não consegue, o dia já vai clarear, os primeiros passaros da manhã já dão sinal que acordaram. Paulo ouve passos novamente so que dessa vez é em direção a serra, ficou encabulado agora o suposto fantasma esta mais longe.

Levantou-se caminhou levemente sem a sua lanterna pois já era possível visualizar alguma coisa, a nevoa ainda tomava conta de tudo, Paulo se abaixou e olhou por baixo, na altura de uns 50 cm, assim era mais fácil visualizar longe, ficou ali observando , seu instinto dizia que havia algo ali… procurou um par de olhos… de repente achou um! Viu um par de canelas pretas, encima dessas canelas viu dois olhos que piscaram cansados de fita-lo …

De repente viu mais olhos que o fitavam nesse instante toda a floresta mexeu próximo a esse bicho que Berg viu, então ele ouviu alguém gritar “peguem todos”. Instintivamente Berg disparou na carreira em direção a sua rede pegou nas canelas do mutum e correu em direção ao lugar mais limpo o baixão, não deu tempo nem de gritar para os companheiros acordarem.

Ouviu disparos atras de si, o estampido de fuzis, as balas passavam pro cima de sua cabeça cortando a floresta e chiando entre as folhas, viu as arvores descascando ao seu lado, na velocidade que começou a correr pulou! do alto do barranco, o mesmo que estava cortando, seu salto foi tão longo que suas pernas caminharam no ar, caiu de barriga no meio da terra com lama, bem no arroto do corte, mais um pouco e teria morrido pois cairia encima da pauzeira, as arvores e raízes, quase enterrado na lama pode ouvir disparos e gritos lá no acampamento, quando tentou se mover foi alvejado as balas atingiram a lama tão próximo ao seu pescoço e cabeça que ele sentiu a aguá respingar nele quente. Estava a um metro da pauzeira e mesmo assim um dos tiros atingiu uma arvore, Paulo resolveu que era melhor se fingir de morto, então ficou imóvel.

Logo ouviu o anuncio "este aqui esta quite” o comandante gritou de lá tragam-no, os dois soldados da guarda Venezuelana disseram “Hijo de puta” “agora teremos que ir busca-lo lá em baixo nessa lama toda”. Os dois viram o caminho que levava até lá embaixo, era um pouco tortuoso, Berg por sua vez estava com os ouvidos ligados na conversa, quando os dois desceram para busca-lo, esperou chegaram em um ponto cego do barranco, onde não dava para vê-lo e vice-versa. Nesse momento ele aproveitou se enfiou por baixo da pauzeira que estava em sua frente, isso sem largar o mutum.

Novamente a expressão “ o hijo de puta esta fugindo", os soldados novamente começaram a atirar, mas Berg já estava no meio da pauzeira que o protegeu dos disparos, usando toda a habilidade de quem quer ficar vivo, ele sai do outro lado é disparou na carreira floresta adentro, só parando quase três horas depois em cima de uma serra, quando se sentiu seguro.

Berg foi avaliar os estragos em seu corpo estava com varios cortes pelo corpo, nada muito profundo ou grave, sua cueca e o seu "picuà" (o deposito onde guardava o ouro)ficaram para traz, a unica coisa que restara foi umas partes do mutum seguro pela canela.

Berg se alimentou e procurou uma sapopema pra dormir, esperou o dia amanhecer para se localizar. Quando o dia clareou, se localizou e resolveu seguir por cima do lombo da serra na qual estava, o mutum aguentou até o outro dia e acabou, quatro dias depois Berg com muita fome, totalmente como veio ao mundo e todo arranhado, estava na margem esquerda do rio negro próximo de são Gabriel da cachoeira. Ficou na beira do rio se alimentando de tucumã verde e raízes, lá fez um fogo para espantar os mosquitos, dois barcos que passaram não deram atenção para os sinais que Berg fez.

No dia seguinte Berg fez sinal para um pequeno barco que levava uma família de ribeirinhos, esse resolveram dar uma carona ao garimpeiro perdido.

Berg contou sua historia aos ribeirinhos, esses por sua vez disseram que ele se salvou graças ao fantasma do seu amigo que não lhe deixou dormir, se estivesse dormindo na hora que a guarda nacional atacou teria sido o primeiro a ser morto.

O barco deixou Berg na Boca do rio Branco, no lugar conhecido como Carvoeiro, pequena vila de Pescadores, no outro dia de tarde ele conseguiu uma carona de barco pesqueiro que iria para Caracarai a cidade porto do Estado de Roraima. Berg chegou em Boa Vista de mãos abanando, ou seja sem nada, poucos dias ele voltou a trabalhar de serralheiro e resolveu que nunca mais voltaria para os garimpos.

A historia não para por ai, passaram-se alguns anos, Berg já tinha sua própria serralheria em casa, estava soldando um portão ouvindo uma radio local de Boa vista, quando o radialista falou “ Você que já foi garimpeiro na região de Roraima a uns cinco anos atras, se teve contato com um rapaz Paulista, jovem , nome fulano de tal, a sua mãe esta aqui na radio a procura de noticias, ela se abalou de são Paulo e já rodou toda a amazônia e região norte atras de noticias de seu filho, esse é o ultimo estado que falta”.

Berg ouvindo isso disse em voz alta “è a mãe do Paulistinha” , imediatamente largou oque estava fazendo, pegou sua chevy 89 e foi em direção a radio que fica no centro de Boa Vista, chegando lá falou com a recepcionista que lhe em dicou uma senhora, tipica paulista cabelos grisalhos, Berg se aproximou dela e lhe disse que seu filho havia morrido no garimpo, ela parece já esperava tal noticia, queria no entanto enterrar seu filho no jazigo da família.

Ela peguntou ao Berg quanto ele cobraria para leva-la até lá, a resposta foi “não cobrarei nada” contou-lhe mais detalhes sobre oque tinha acontecido, então foram aos preparativos, contactaram um helicóptero, chamaram o IML local e foram, quando chegou lá Paulo desceu no Rapel limpou a clareira no moto serra para que o helicóptero pudesse pousar.

Levou-os exatamente no pé da samauma onde estava enterrado o rapaz, em cima do tumulo já havia nascido varias pequenas arvores, fizeram a exumação do corpo, acharam restos de documentos confirmando ser ele mesmo, depois dos tramites legais a senhora de cabelos grisalhos vôo para São Paulo levando junto o corpo do unico filho.

“historia Real aconteceu aqui em Roraima"

Lulajungle
Enviado por Lulajungle em 08/05/2011
Reeditado em 17/05/2015
Código do texto: T2957433
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