Onde foi parar minha perereca?

ONDE FOI PARAR MINHA PERERECA?

Crônica dedicada ao amigo Nilson de Serra Branca, Pernambuco

Marcelino é um nordestino que gosta muito de conversar com aquele sotaque próprio da região.Trabalha em sua oficina fazendo calhas de alumínio. Nas horas de folga, visita sua tia Goretti a fim de se informar dos acontecimentos do dia a dia da família. Numa daquelas, sua tia estava preparando batatas para fazer uma rabada. Marcelino gostava muito de batatas, mas aquelas apresentavam algumas deformações devido ao ataque de pulgões, o que dava uma péssima aparência ao produto cozido. Mas, assim mesmo, Marcelino perguntou a sua tia se podia comer algumas. À medida que D. Goretti descascava o produto, Marcelino ia comendo. As que tinham pulgões ou estavam mal cozidas, Marcelino mordia e jogava-as no balde ao lado. E a assim, conversa vai, conversa vem, muita batata foi pro lixo. A visita terminou, Marcelino se foi. Daí uns vinte minutos voltou correndo. Tia, Tia, perdi minha dentadura. Cadê as batatas que a senhora jogou fora!_ Ah!- Marcelino, Joguei-as no lixo. _ Onde está o lixo? _Lá no latão, na rua!. É para lá que vou... Marcelino saiu a procura do latão cheio de lixo. Procurou...procurou... até encontrar umas batatas ainda meio cruas com uma dentadura bem enterrada numa delas. Marcelino pegou aquela “bitela”, passou na torneira e encaixou-a no seu verdadeiro lugar e ficou muito feliz.
 
ateleszimerer
Enviado por ateleszimerer em 29/04/2011
Reeditado em 09/08/2013
Código do texto: T2939093
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