Os perfumes
Uma das grandes desvantagens de se viajar nos transportes coletivos,principalmente nos finais de expediente,é o conjunto de perfumes que se exala dos mais variados suvacos e adjacências. Uma salada de desodorantes vencidos e "cheiros" de atletas depois de uma pelada.O odor característico de ônibus superlotado para os bairros de periferia é de tirar qualquer vivente do ramo.É o cheiro de macaco morto a bofete.E se acontece um bafafá, aí é que a porca torce o rabo. Deu-se que no ônibus do Itararé sucedeu um caso interessante.O ônibus vinha tinindo de cheio,muita gente de venta levantada por causa de outros com braços erguidos e alguns nem depilados, apesar de uns dois ou três oxigenados.Cabeças subiam e desciam, balançavam como que em desaprovação ao meio ambiente. Uma senhora bem morena (é proibido chamar de preta) dizia que "tem gente que não se asseia" e dava um olhar inviezado para um negão de cabelos louros/gambá cujas frondosas axilas mostravam cachos também oxigenados.Sem dar a menor atenção á indireta, o afro-descendente mascava chiclete e cantava um regue acompanhando o balanço do ônibus. A passageira es esprimia para o moreno não encostar, o que estava quase perto, quando ele dava o balanço. E foi ela mesmo quem falou escandalosamente alto: " Eita ! tem gente que comeu urubu e se esqueceu de tirar o fato!" Um fogoió fechou o nariz com os dedos e olhou para a velha. Um careca comentou que era falta de educação desse povo do petê.Um pastor de Biblía na mão ameaçava tirar o capeta cagador do meio dos irmãos.A confusão aumentava por causa desse peído. O motorista vendo o cu de boi,deu uma freada e exerceu a sua autoriedade constituída.Embaixo da sua cadeira tinha um defumador. Mandou o trocador acender o defumador. O fedor de macumba, despacho tomou conta do ônibus.A idosa que havia feito toda a confusão, se perfilou, deu duas guinadas para a frente e falou com o "santo":
- Saravá meu pai,foi eu que peidei !