O FANTASTICO CAUSO DO HOMEM-ENCICLOPÉDIA.

Vitor Sergio era um homem muito estudioso, um devorador de livros, lia todas as matérias, dominava todos os assunto. Era raro alguém lhe perguntar algo ao qual ele não tivesse uma resposta na ponta da língua. Seu apelido era “Homem-enciclopédia”

Contam que na repartição onde ele trabalhava, um estagiário do curso de direito foi até a sua sala e perguntou:

- Senhor Vitor Sergio, o senhor teria um dicionário para emprestar??

- É Claro que tenho- Disse Vitor Sergio- mas por favor você poderia me dizer qual a palavra que você está querendo buscar o significado – completou.

- Senhor Vitor a palavra é câmara- retrucou o jovem estagiário.

-Caro estagiário o que posso lhe falar é que por mais que essa palavra possa parecer simples e bastante usada em nosso dia a dia, a mesma possui vário significados mas gostaria de destacar os seguintes: Câmara – pode ser um compartimento de uma casa, em especial o quarto de dormir; Câmara- pode ser uma designação comum a certos aparelhos ópticos ; Câmara na anatomia humana é a parte do olho entre a Iris e o cristalino.

- Por favor já que você está com um papel em suas mãos acredito eu que a palavra câmara esteja contida em alguma frase , por favor leia a frase – Falou o Senhor Vitor Sergio ao estagiário.

O estagiário pegou o papel e leu:

- Aquele motoqueiro, no momento do acidente, ao ser atingido pelo caminhão, mesmo usando capacete, teve a câmara do seu olho destruída.

- Nesse caso- falou Vitor Sergio – câmara é parte do olho entre a Iris e o cristalino. Mas como você parece ser uma pessoa um tanto quanto cética, pegue o dicionário e leia você mesmo.

O estagiário pegou o dicionário, encontrou a palavra e meio que boquiaberto se limitou apenas a dizer:

- Obrigado senhor Vitor, não é a toa que seu apelido é “Homem-enciclopédia”.

Passado alguns dias o estagiário retornou à sala do senhor Vitor e novamente solicitou o dicionário emprestado. Como da outra vez, ele foi indagado pelo senhor Vitor Sergio que prontamente respondeu a sua pergunta, e tal qual a vez anterior, o Senhor Vitor Sergio estava correto em sua explicação.

Por mais duas vezes o estagiário foi até a sala do senhor Vitor Sergio, pedindo o dicionário emprestado e à exemplo das outras vezes teve o esclarecimento a respeito de suas indagações. Como sempre o senhor Vitor lhe fornecia o dicionário para que o estagiário pudesse comprovar a veracidade de suas resposta.

Numa bela sexta feira, o estagiário entrou na sala do senhor Vitor Sergio e perguntou:

- Senhor Vitor Sergio, o senhor teria uma calculadora para me emprestar?

- Tenho sim meu jovem – respondeu o senhor Vitor – mas só pra que eu não perca a prática , você poderia me dizer os números e qual é a operação matemática que você deseja realizar que eu quero fazer o calculo “de cabeça”???.

O estagiário desmaiou.......................