Lenga e a Cadeia de Pendura Saia 4a. Parte
4a. Parte
Seu Divino ao chegar na cozinha na manhã de segunda feira para tomar o café, nota que a esposa está com os olhos vermelhos e inchados de chorar e vai logo perguntando
-Aurora o que houve? Porque você estava chorando?
-Divino, é por causa do Pedro. Estou muito preocupada com ele. Não dormiu em casa e até agora não chegou.
-Mulher, ele deve de ter pousado na casa de seu Bento.
-Divino quando ele pousa lá, depois desta bebedeira que arrumou, chega logo de manhazinha para tirar o leite. Hoje ele não chegou e o cavalo que estava, veio embora sozinho. Olha pela janela que você irar vê-lo ainda arreado.
Ele chega até a janela, fala
-É, Aurora você está certa. Vou soltar o cavalo pegar outro e vou até Pendura para ver o que aconteceu com nosso filho.
Lá se foi o seu Divino. Chegando à Pendura Saia foi direto para o armazém do seu Bento, foi chegando e dizendo.
-Bom dia seu Bento! O amigo pode me dizer se o Pedro mais uma vez incomodou o amigo pousando aqui? O senhor poderia chamá-lo para mim?
-Seu Divino o Pedro pousar aqui em casa não é incomodou nenhum eu a Helena sabemos pelo momento delicado que ele está passando depois da decepção que levou com a filha do Deodato. Agora quanto a chamá-lo para o senhor não tem como, por que ele não pousou noite passada aqui em casa.
-Como seu Bento? Então o que será que aconteceu com o meu filho? Por que o cavalo dele apareceu sozinho em casa essa manhã. Será que ele está morto? Jogado em pastou em uma beirada de riacho?
-Seu Divino não fale assim! Deus é maior pode ser que ele tenha se perdido por causa da bebedeira. Ontem ele bebeu demais e saiu sem que ninguém visse e ainda passou aqui no armazém comprou mais uma garrafas de pingas e saiu. Vamos falar com todos de Pendura para procurarmos por ele.
E assim, todos os moradores de Penduras e das fazendas das redondezas saíram em busca de Pedro, procurar por todos os lugares e nada dele. Aliás todos lugares não, na cadeia ninguém lembrou de procurar, mais também ele era um rapaz de bem, quem poderia imaginar que ele estivesse preso. Passaram o dia todo procurando e nada de encontrá-lo. No segundo dia do sumiço ninguém também o encontrou. Na quarta feira, Lúcia estava em casa no quarto quando saiu depressa sua mãe ainda perguntou a onde ela iria mais ela não respondeu. Andou rumo a cadeia lá chegando viu que ela estava fechada e que não havia ninguém quando escutou um gemido vindo de lá de dentro. Seu coração bateu acelerado, então ela perguntou,
-Quem está aí dentro? Responda por favor.
-É o Pedro, estou preso aqui dentro na cela.
-Pedro espere um pouco que vou a casa falar com meu pai.
Saiu correndo. Chegando a sua casa, foi direto para a farmácia falar com o seu pai e contou a ele onde o Pedro estava. Seu Deodato ouviu a filha com atenção, quando ela acabou de falar, disse.
-Lúcia fique aqui tomando conta da farmácia enquanto vou resolver esse assunto.
Saiu depressa foi até a casa onde o delegado estava morando, chamou mais não teve resposta foi quando João Belo que era vizinho dele contou para seu Deodato que ele havia viajado para a capital. Seu Deodato agradeceu, saindo depressa rumo ao armazém do seu Bento por que sabia que todos estava lá reunidos por causa do sumiço do Pedro. Chegando lá, cumprimentou a todos. Chamado seu Bento em particular contanto onde Pedro estava. Seu Bento ouviu com atenção e disse;
-Vamos voltar para dentro do armazém que vou falar com todos os amigos.
Entrando seu Bento, foi logo dizendo;
-Amigos, seu Deodato veio me dizer que o Pedro está preso na cadeia, que sua filha Lúcia foi até lá, por que foi o único lugar que não havíamos procurado. Mas que a cadeia esta trancada, e o delegado viajando para a capital. O que vamos fazer? Não podemos deixar o Pedro preso lá, por que a cadeia é muito fria, como também ele deve estar sem comer e beber água.
Seu Antenor que era um homem decidido, foi logo dizendo,
-O que temos que fazer é arrombar a porta da cadeia e cela para tirar o Pedro de lá de dentro.
No que todos concordaram com ele. E lá se foi a comitiva com todos os que estavam no armazém. Chegando lá arrombaram a porta e fora direto para a cela. A cena que viram foi muito triste, pois Pedro deitado em uma cama de cimento sem colchão e a cela estava toda cheia fezes e urina. Dona Aurora e seu Divino choram ao ver a situação do filho. Procuram pelas chaves da cela e nada de encontrá-la, então resolveram arrombar o cadeado das grandes com um pé de cabra. O que fizeram, tiram o Pedro de lá e o levaram direto para sua casa no Jeep do seu Antenor. Seu Bento ao voltar para casa, diz para a esposa que no outro dia poderia viajar para a capital para fazer comprar para o armazém sossegado. Naquela noite o delegado chegou e foi direto para sua casa descansar e pela manhã seu Bento viajou para a capital.