GENTE HUMILDE
 
Tenho certamente a minha gente e sobre esta gente também gosto de comentar. É uma gente humilde, porém bastante hospitaleira e que gosta muito de ter alguém que possa de certa forma prosear nas calçadas ou mesmo sobre a areia alva da praia em noites de luar. E nesta noite a lua estava para se apresentar sendo uma das maiores de todos os tempos, só tendo uma desta daqui a mais algum tempo.
 
Nisto, eu percebi que muitos jovens passeavam sob a luz da lua, as crianças brincavam de pique esconde, de baleado, de futebol e amarelinha tendo muitas outras brincadeiras, cada qual num tempo enquanto os mais velhos se encontravam sobre suas calçadas ás vezes deitados sobre alguma espreguiçadeira, outras sentados em algumas cadeiras, enquanto eu e meu bem deitávamos numa esteira feita de palha para observar melhor o encanto da lua.
 
Pegamos na nossa cozinha uma garrafa de café, algumas xícaras e servimos aqueles que se encontrava mais próximo e logo nos acomodamos. Víamos o brilho da lua, as estrelas cadentes pelo céu passeando, enquanto sentíamos o frescor da brisa nos tocando o corpo, e por causa dela certa hora adormeci, e ao adormecer adentrei num espaço jamais por mim imaginado, tampouco sonhado e ao chegar a certo lugar era recebido por um ser aparentemente feminino que me dava boas vindas, e nisto fui muito mais adentrando num lugar que mais parecia um palácio daqueles bem bonitos que só podemos ver nas telas de cinema.
 
Até que em dado momento me encontrei defronte a outro ser muito elegante que me tratava com galhardia e pude perceber que se tratava de um ser muito simpático e educado como sendo daquelas que a minha frente aqui na terra jamais eu vi.

Tanto que apareceu um jovem muito parecido comigo, com trajes dourados, e encarnados, num cavalo branco conduzindo em suas mãos algo parecido com um capacete e nele um penacho, fiquei pasmo quando ele se dirigiu a mim, pronunciou o seu nome , e disse que já me aguardavam há muito, e muito tempo e eu naquele lugar seria condecorado servidor daquela que se encontrava sendo rainha e eu estaria ali para ajudá-la no que a mesma assim por algum tempo de mim  quisesse.

 
Eu me tornava seu servidor e amante e ela pra mim seria a rainha. Pena que quando eu estava prestes para beijar-lhe, aquela que antes deitara numa esteira ao meu lado me chamava para me levantar dali porque esteira não era lugar para um monarca dormir, e ela sendo a mais bela que na realidade eu conheci acariciava-me, e chamava-me de meu rei.
 
Que sonho mais lindo sonhei estando perto da lua e daquela que certo dia eu casei. Só não entendi o motivo dela quase no mesmo instante que despertava, ouvia-lhe chamar-me de rei. Será que durante algum tempo eu por acaso pronunciei o nome da lua?...