Lenga e a Cadeia de Pendura Saia 2a parte

2a Parte

Quanto Pedro saia da sala entrava na farmácia. Pois a casa do seu Deodato fazia comunicação com a farmácia. Disse para o seu Deodato,

-Obrigado, e passar bem.

Dizendo para o Zé Antônio

-Vamos!

Seu Deodato ficou sem entender nada.

Já saindo da farmácia. Zé perguntou ao amigo,

-O que houve?

-Nada! Vamos até ao armazém do seu Bento, porque preciso tomar uma dose de pinga.

-Que isso Pedro? Você não bebe!

-Não bebia, agora bebo.

Chegando ao armazém ele disse para o seu Bento

-Bom dia! Seu Bento me dá uma garrafa de pinga.

-O que é isso Pedro? Você nunca bebeu!

--Seu Bento, por favor, estou pedindo. Preciso beber. Se o senhor não me der vou até o cabaré da dona Joana e bebo lá.

-Sendo assim, melhor te dar a garrafa de pinga.

Pedro bebeu a garrafa de pinga de uma vez e pediu outra. Saiu de lá carregado pelo Zé Antônio quase desmaiado de tão bebo. No outro dia levantou e trabalho o dia todo calado, e assim, foi à semana inteira seus pais ficaram muito preocupados, por mais que perguntasse ele não dizia nada.

No sábado, a tardezinha Pedro toma banho troca de roupa arria o cavalo e vai para Pendura Saia, chegando lá vai direto para armazém do seu Bento e pedi uma garrafa de pinga, bebe a garrafa de uma vez pedi outra, até ficar totalmente bêbado. Enquanto ele está bebendo em Pendura, seu pai arria o cavalo e vai até a fazenda do seu Antenor falar com o Zé Antônio para saber o que houve, não fez isso antes, por que não queria contrariar o filho. Mais como pai, ele precisava ter certeza do que pensava. Chegando lá, fala com o seu Antenor dizendo que está muito preocupado com o filho, que queria dar um dedo de prosa com o Zé para saber o que estava havendo. Quando Zé chega, seu Divino pergunta, Zé Antônio diz.

-Não sei o que houve. Q que ele conversou com a filha do seu Deodato por mais que perguntasse ele não me disse. Só sei que ele saiu de lá transtornado, indo direto para o armazém do seu Bento, dizendo que precisava beber. O senhor viu quando o deixei na sua casa.

-É! Penso que meus receios estavam certos, o que eu minha velha temiam aconteceu. A moça com a cabeça virada. E meu filho é um matuto, só sabe trabalhar na roça. E ela é professora formada.

-Seu Divino, por favor, não fale assim, ele é meu melhor amigo. Ele é um homem de valor e honrado.

Seu Antenor entra na conversa e diz.

-Divino essa moça que é uma boba, deve estar pensando que só por que estudou é melhor que todo mundo. A pessoa vale é pelo caráter e não pelo estudo. Você sabe que estudei como meu filho estudou mais gosto é da roça e dou valor é em um homem honrado e de palavra.

Zé Antonio pergunta,

-Seu Divino o senhor disse que o Pedro arriou o cavalo e foi para Pendura?

-Foi isso mesmo.

-Então seu Divino irei pra lá, porque penso que o Pedro deve de estar no armazém do seu Bento enchendo a cara. Vou lá para ver se consigo faze-lo parar de beber. E também aproveito para ver se tem jeito de dar uma palavrinha com a Clara, irmã do seu Bento que veio morar com eles depois que o pai morre. Estou gostando dela, até já falei com o meu pai para ir lá conversar com o seu Bento para pedi-la em namoro para mim.

Zé Antônio mesmo tendo morado fora quando estudava, nunca esqueceu os costumes de Pendura Saia, pois como o pai gostava de lidar com a terra, estudou como pai porque sabia que era preciso para tocar os negócios da família que não eram poucos. Pois mesmo morando no interior, eles tinham vários negócios por todo o estado e fora dele também. Após essa conversar lá foi Zé Antônio atrás do amigo.

Lucimar Alves

Lucimar Alves
Enviado por Lucimar Alves em 06/03/2011
Reeditado em 07/03/2011
Código do texto: T2832505
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