Acredite Se Quiser (Humorístico)
Acredite se Quiser
Naquela vila pacata de Campo Belo com mais ou menos seis mil habitantes na época, vivia um Padre que entre outros zelava fervorosamente da sua paróquia. Amigo de todo o mundo, um dia recebeu de um caçador um quartinho de paca. Agradeceu e lhe fez a recomendação:
__Amigo, quando matar outra, lembre-se de mim. Adoro a carne desse bichinho!
O amigo retrucou: _Amanhã mesmo eu tenho uma caçada marcada com um amigo meu. Já fizemos uma ceva e não vai ter erro. É ali pertinho, na beira desse córrego que banha esse lugar. Quando o senhor ouvir o tiro, já sabe. Vai ter novamente carne de paca.
Eram sete horas e meia do outro dia quando o Padre celebrava a hora mais importante da missa: A Comunhão .
A fila rompia normalmente. A última era uma senhora de meia idade. No momento em que ela abriu a boca com muito fervor, um tiro estourou. O Padre, levado pela alegria, disse instintivamente: __Morreu paca velha!
Foi uma confusão danada. A Senhora sem entender, saiu em disparada para a sacristia, chorando e cuspindo.
O sacristão foi atrás para acalmar a infeliz. Os fieis inocentes não sabiam o porquê de tanta confusão.
O sacerdote terminou a missa, encurtando a cerimônia. Na sacristia, tentou convencer a senhora do terrível equívoco.
Se não fosse o Sacristão, vivo até hoje, ninguém saberia dessa história. Quase impossível, mas verdadeira!
Águeda Mendes da Silva