O ACORDO DE GERVÁSIO
Gervásio, sujeito cheio dos cobre, mixia com óio e arrois. Morava num arraiá chamado Brejo Alegre. Só num andava muito alegre pruquê do lado de sua casa tinha um ferrero. Sisso num bastasse, em frente tamém outro ferrero que maiavam dia e noite, sem pará, os ferro e ferradura.
Gervásio já não guentava mais; passava as noite sem drumi, com os óios aberto com a maiação dos dois. Arresolveu entonce chamar os dois e fazê um acordo. Dou quinhentos mil réis se osseis mudá essas ferraria. Os dois, dispois de muito assuntá, feiz o acordo. Chamaram inté um advogado, escreveram o trato no papé e tinha que sê cumprido em quinze dia, pois Gervásio tava adoeceno.
Gervásio combinou tudo e foi drumi feliz. Só que – depois dos dias passado, foi só o sol raiá, Gervásio escutou o mesmo baruião! Deus meu! E o trato? Nervoso foi caçá briga. Voltou com a cara no chão; eles cumpriram o prometido. Mudaram de lugar; o do lado passou para a frente e o da frente foi para o lado. Fazer o quê?