Pastel de angu
Pastel de angu
Quem ainda não saboreou uma porção de pastel de angu, não sabe o que está perdendo.
Por ocasião da escravidão, os senhores dos engenhos, das fazendas cafeeiras, donos de garimpos e os representantes da Coroa ludibriaram os escravos inventando coisas, como leite com manga fazia mal, para que o consumo de leite não avolumasse.
A cachaça era distribuída facilmente para que, em momentos de festas, os escravos não se lembrassem de seus familiares, além-mar.
Mas, os escravos também davam o troco nos senhores.
As escravas, responsáveis pela culinária dos senhores, ao fazerem polenta à moda brasileira, aproveitavam para servir angu aos escravos.
O fubá era de “munho d”água” (moinho d”água), peneirado e servido com carne moída ao molho, por sobre a polenta.
Ao gosto dos senhores, a polenta era servida de várias formas: mole,dura, levada ao forno “cupim” e frita. Esta iguaria, inclusive, na regiâo de Santa Felicidade, em Curitiba, na forma frita é servida até os nossos dias.
O angu, servido aos escravos, quando sobrava, era exigido que adoçasse o restante e servido à tarde,como merenda. Outrora, era frito à noite e fornecido como jantar.
Aproveitando a deixa, o que as escravas faziam ? Faziam uma quantidade maior de angu - com o intuito real de sobrar – abriam-no como se fosse uma massa, e aí, a recheavam com carne moída “amoitada” (escondida) da polenta servida aos senhores. Fritavam esse angu. E serviam aos seus patrícios, compatriotas.
Este angu recheado e frito tornou-se o pastel de angu tão consumido aqui nas Minas Gerais.