O BURACO SEM FIM

BURACO SEM FIM

O BURACO DO ANHANGÜERA

Com os nomes atuais de Avenida Paranaíba esquina com a Rua 74 existe um buraco cuja origem vem dos primórdios de nosso povo.

A muito séculos o desbravador com ímpeto de saqueador, ladrão, estupador e outras qualidade em seu rico curriculum, enriquecido agora com uma nova atividade a de Bandeirantes...Conseguia com a artimanha de botar fogo em uma bacia com cachaça tomar ouro, peles, papagaios, mulheres, e porque não mulheres, de um povo embrenhado em felicidade embora não o sabia...Ajoelhavam a seus pés gritando atônitos: Anhangüera, Anhangüera, traduzido ao idioma dos invasores por Diabo Velho...

Bem a tribo do Carajás, Caiapós, Goiases e o sei lá o que se renderam a força bruta do conquistador...

Tempos depois, muito tempo mesmo, naquela área se construiu um modesto campo de futebol. O Cacique de então batizou não sei por que de Estádio Olímpico. O caciquinho filho resolveu eregir ali um verdadeiro estádio. Contratou uma incorporadora e a fim de amealhar fundo criou-se o direito de ter um acento no majestoso estádio que haveria de vir. Índios de todo as tribos adquiriram o direito de sentar em seu canto numerado ao preço de muitos "reis".

A obra quando o primeiro lance de arquibancadas fora concretado, o caciquinho vendo que os cofres da incorporadora estavam abarrotados de dinheiro, desautorizou a continuação da obra, mas as vendas efetuadas até então haveriam de ser dirigidas ao seu bolso. A artimanha demorou a ser percebida por todas as tribos e o povo gritou pelas aldeias, Anhangüera, Anhangüera...

Apareceu então o cacique da tribo dos Periperi das Palmeiras com uma nova e brilhante idéia. Erguer ali um CENTRO DE EXELÊNCIA ESPORTIVA... Descobriu-se que a CACIQUETERIA CENTRAL estava com os cofres cheios de “mufufas”... Aproveita-se então o fracasso dos Tupiniquins nas ultimas Olimpíadas...Vamos fazer ali na área do Olímpico um caldeirão para encher de medalhas de ouro, prata e até de bronze serve...Ipi ipi ui, ipi ipi ui...(Sons de índios comemorando de felicidade).

A verba vinha e na mesma proporção o buraco aumentava. Os indígenas gritam de novo Anhangüera, Anhangüera...

Ele aumentava “a olhos” vistos e para não continuar sendo vista, aproveitavam a última balaiada de recursos e cercaram-no com um tapume, parece-me que até que em fim criaram vergonha...

Basta conferir no endereço acima sitado...

Vários séculos os contemplam, não confundir com os quarenta séculos de Napoleão.

...É a sina do Buraco do Anhangüera.

Goiânia, 19 de FEVEREIRO de 2011.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 19/02/2011
Código do texto: T2802183
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