LEITE NO CURRAL

LEITE NO CURRAL

Se bem me lembro,

O sol mal rompia os primeiros contrafortes da madrugada,

Estavamos-nós ansiosos de tomarmos o leite quentinho,

Impacientes como impacientes estavam

Toda aquela bezerrada...

A ordenha prosseguia normal,

O leite espumava no copo de alumínio,

O açúcar mascavo era retirado

escuro do embornal,

Bem antes de encher o copo,

Lá no fundo era colocado,

A mistura abençoada quentinha,

Era a nossa felicidade no curral...

Quem foi criança na minha época de menino

e não experimentou este magnífico prazer,

Não foi criança, foi desatino.

Pelo resto da vida vai desconhecer,

Algo assim gostoso jamais irá beber.

GOIANIA, 31 DE JANEIRO DE 2011.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 31/01/2011
Reeditado em 08/06/2011
Código do texto: T2762667
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