Chuva Na Roça
A Chuva que cai,
Derrama seu pranto,
Pro povo amenizar,
A agitação que vai,
Sacudindo o infinito.
Seu celeste é santo,
Um doce acalanto,
Formato de um Mar,
Ficando quando cai,
Solução de um pedido.
O Sol que é capaz,
Neste momento preciso,
Aquece a Chuva que cai,
Num constante incisivo,
Içando somente a Paz,
De Amor solene, ativo,
No âmago da Terra que vai,
Agir de forma cativo.
A Chuva umedece,
A superfície terrestre,
No seco deste verão,
Repudiada pelo calor,
Que sufoca contente.
Sua vinda, uma prece,
Para a vegetação agreste,
Um consolo no Coração.
Preso no seu Amor,
Liberto pela fé existente.
Na lavoura é Alegria,
Renova plantas destoadas.
Apagando-se pelo calor,
Torrificadas de agonia,
Morrendo pela estiagem.
Nos homens é euforia,
Por ouvirem as trovejadas,
Trazendo novo sabor,
Às piadas e cantorias,
Da safra daí em vantagem.
Bem longe se avista,
O princípio da Chuva,
Chegando mais perto,
No caminho tão certo,
Das nuvens escuras.
No palco é artista,
Fazendo a quem escuta,
A canção do deserto,
A mensagem do incerto,
E a Esperança futura.
A Chuva que cai,
Neste momento preciso,
Que vem por natureza,
È do povo da Fé,
Que constrói este mundo,
Na luta, na raça... e vai,
Firmando-o em Sorriso.
A bondade é de Deus pai,
Que atende esta beleza,
Simbolizada em maré,
Do Amor belo e profundo,
Que veio, vem e que vai,
Construindo por paraíso.