“Amigos de Verdade” 3º parte.
Por volta das dez horas da noite, já estava tudo certo, a minha esposa me ligou e disse, pode se despedir do Mario e vem pra casa, porque os rapazes já deixaram a despesa do mercado la na casa dele e eu pedi a um desconhecido para entregar o carne do aluguel la para a Aninha, assim ele não vai saber quem o ajudou, apenas saberá que algo aconteceu. E não se sentiria constrangido perante os amigos de quem ele sempre ocultou suas dificuldades, sabemos que ele é um bom Homem e um bom amigo, daqueles que não suporta ser um peso a ninguém. Bem eu não sabia de onde vieram tanta ajuda, pois nos também temos as nossas dificuldades, e em uma conversa entre amigos, fiquei sabendo que o senhor Naor, proprietário da fabrica em que trabalhamos havia ouvido eu e meus amigos a traçarem um plano para ajudar o Mario, e autorizou a Margaret sua secretaria a depositar em nossas contas uma importância extra para que pudéssemos ajudar o nosso amigo, o mês de Dezembro passou, o Mario deu presentes aos teus filhos no Natal, nos convidou a jantar em sua casa e orgulhoso disse que nunca acreditou em milagre, mas em tuas preces pediu que se a sua vida melhorasse pararia de beber e daria a sua família o melhor de si daquele dia em diante. O Senhor Naor, também foi agraciado, fechou contrato com um cliente no exterior e o seu RH cancelou a ordem de corte que estava prevista para Dezembro, isso já era Janeiro de 1979. a prova deste conto é que os amigos de verdade não julgam os teus amigos, mas participam da historia deles incondicionalmente. Um beijo a todos os amigos de verdade.
Joel Costadelli