O SENSACIONAL CAUSO DA SUPER DESCULPA
Em meados dos anos 90, mais precisamente no Governo de Itamar Franco, época de grandes mudanças no Brasil, aconteceu um interessante causo.
Severino trabalhava em uma empresa de segurança, na condição de vigilante e constantemente era destacado para desempenhar suas atividades geralmente em instituições bancárias.
Por ocasião de suas férias, Severino descobriu que se fosse passar suas férias em uma das pequenas cidades do interior do Estado, poderia “dar uma de bacana”, se passar por uma pessoa remediada.
Sem contar conversa se mandou pra um município afastado da capital e ali pra impressionar além de andar bem vestido, e falar “bonito”, começou a mentir dizendo para as pessoas que trabalhava como gerente do Banco do Brasil na Capital. Vale ressaltar que naquela época, quando alguém do interior escutava falar que: “fulano” trabalhava no Banco do Brasil, Petrobras ou Caixa Econômica, era como se aquilo fosse sinônimo de prosperidade, o “cara” era um “partidão”.
Não tardou muito e logo Severino estabeleceu um namoro com Terezinha, a filha de Seu Honório, um agricultor das redondezas.
Seu Honório iludido com as lorotas de Severino, tratou logo de apresentá-lo aos familiares:
- Gente esse é o meu futuro Genro, Severino. – Bradava seu Honório orgulhoso do genro – A minha casa não tem horário e nem porta pra você, Severino- completava Honório
Severino até tentou se aproximar mais de Terezinha, no entanto, teve que retornar pra capital pois suas férias estavam se acabando.
Em uma determinada segunda feira, Severino fora designado para “tirar serviço” na Agencia Central do Banco do Brasil, bem no centro da Capital. Por ironia do destino, justamente naquele dia e naquele banco, Seu Honório tinha vindo do interior para resolver um problema de um financiamento no servira de avalista. E ao entrar no banco , se deparou com Severino bem na porta principal com a farda da empresa de segurança.
Severino sem perder o rebolado foi logo cumprimentando:
- Bom dia Seu Honório!!!
- Bom dia uma ova, meu “ex-genro” – Eu não falo com gente mentirosa, da sua laia- respondeu Seu Honório.
- Mas seu Honório , mentiroso eu???? – Indagou Severino.
- Mentiroso sim. Como é que você fala pra mim que é gerente do Banco do Brasil na Capital e quando eu chego aqui te vejo trabalhando de “vigia”?????
Severino sem titubear foi logo explicando:
- Sabe o que é seu Honório. É que depois que esse “filho da puta” do ITAMAR entrou no Governo, ele inventou um tal de “rodízio” aqui dentro do banco. Tem dia que eu trabalho de gerente, tem dia que trabalho de tesoureiro, tem dia que sou caixa, hoje eu “tou” de vigilante............