O sal da terra

"A paz na Terra, amor, o pé na terra

A paz na Terra, amor, o sal da..."

Desde que me entendo por gente, o sal me acompanha.

Lembro-me que, quando acompahava meu pai, em seus encontros com os ingleses que trabalhavam na mineração de ouro, ser peculiar presenciar cenas de introdução de cervejas, vinhos em meio à salmoura, para respectivos resfriamentos, e também, de produtos perecíveis, para proteção dos mesmos - tal qual na antiguidade quando a geladeira era enexistente.

Quando na escola, algum colega tinha sua língua presa, a professora chamava sua mãe e a aconselhava, com uma pedrinha de sal grosso, fazer fricção no local para poder soltar o freio da língua.

O menino que possuísse aquele freio em seu membro - símbolo másculo - sua mãe, para evitar que no futuro, ele viesse ter dores durante a relação sexual ao tornar-se menino/homem, o que ela faria ?

Sim. Rompia com aquele freio, usando um pedrinha de sal, para que fosse facilitado o movimento do vai-e-vem.

Os porcos. Estes, quando eram escolhidos, somente para a engorda, o sr. Ângelo era chamado para que, enquanto novos, fossem feito uma pequena intervenção cirúrgica em seus saquinhos e colocando no lugar uma boa quantidade de sal para evitar uma infecção.

Já as meninas travessas e perseguidas, que comiam as sobremesas mesmo antes das refeições e perdiam suas virgindades, quando íam ter relação com o verdadeiramente escolhido, um banho frio, de casca de goiaba roxa com duas pitadinhas de sal fazia com que a perseguida, em agachamento de cócoras em uma bacia, sua região se tornar-se tipo maracujá maduro, enganando o noivo.

"A paz na Terra, amor, o pé na terra

A paz na Terra, amor, o sal da..."