Inspiração para os infelizes. – Moral da estória...

Era uma vez, um pardalzinho que odiava ter que voar do Sul, por causa do inverno. Ficava tão tão apavorado com a idéia de deixar seu lar, que decidiu adiar a viagem até o último minuto possível. Depois de se despedir carinhosamente de todos os seus amigos pardais que partiram, voltou ao seu ninho e ficou ainda por mais quatro semanas. Finalmente o tempo se tornou tão desesperadamente frio, que ele não pode adiar mais. Quando o pardalzinho partiu e iniciou seu vôo, começou a se formar gelo sobre suas asinhas. Quase morto de frio e exaustão, foi perdendo altura e caiu por terra, num pátio de estrebaria. Quando estava exalando o que pensava ser seu último alento, um cavalo saiu da estrebaria e virando o traseiro em sua direção e o recobriu de merda. A princípio, o pardal não podia pensar noutra coisa, senão que aquele era um modo horrível de morrer:
todo cagado. Porém, quando a merda começou a subir e penetrar em suas pernas e penas, ela passou a aquecê-lo e a vida começou a voltar a seu corpo. Ele descobriu também que tinha espaço suficiente pra respirar. Subitamente, o pardalzinho sentiu-se tão feliz, que começou a cantar. Naquele instante, um grande gato entrou no pátio da estrebaria e ouvindo o gorjeio do pardalzinho, começou a mexer o monte de merda para descobrir de onde vinha o som. O gato, finalmente descobriu a ave e a comeu.
Esta estória contém quatro ensinamentos morais a saber:
1- Nem sempre aquele que caga em cima de você é seu inimigo.
2- Nem sempre aquele que tira você da merda é seu amigo.
3- Desde que você se sinta quente e confortável, mesmo que seja
num monte de merda, conserve o bico fechado.
4- Quem está na merda, não canta.

Nota: esta estorinha é de autoria de Weber de Castro Vidigal, que por acaso, encontrei um seu livreto e o achei fenomenal. Se alguém o conhece e possa fornecer contato; faça o favor.
Abraço.
Rsrsrsrsrsrsrsrs!!!


Ver também:http://zelhumortotal.blogspot.com.br/2011/05/piada-ilustrada-o-passarinho-na-merda.html
Afonso Rego
Enviado por Afonso Rego em 28/09/2010
Reeditado em 08/04/2012
Código do texto: T2524723
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