UMA SURPRESA
Quando entrei naquele atelier
Vi uma imagem escupida
Se tratava de um alguém
Que tanto eu queria bem
Estava ali ainda despida.
Conversando com o escultor
Ele me confirmou quem pediu para escupir
Chegou e a ele pediu sem cerimônia
Tirou a roupa sem nem um pouco de vergônia
E pediu para o trabalho prosseguir.
Disse que era para uma surpresa
Mas não revelou pra quem seria
Só ia terminar um acabamento
Pra ela vir buscar e fazer o pagamento
E assim embora o levaria.
Também não revelei quem eu era
O escultor nem tentou descobrir
Nem peguntou quem era o mercedor
Pra ela ser a musa daquele escultor
E deixar numa pedra ele escupir.
E qual foi a minha surpresa
Quando em casa ela chegou
Eu desconfiado que horror
Ela chegou me chamando de meu amor
E feliz da vida, aquela obra me entregou.