UM TOLO NO CEMITÉRIO
Dia destes em conversa com um amigo perguntei a ele por alguns de nossos colegas de infância que eram viciados num cartiado. – Espalhou todos por este Brasil afora me respondeu ele. – você se lembra do Alfredo? Perguntei a ele! –Há se lembro ele era meio tã-tã-, mas muito corajoso, vez por outro surpreendia com sua coragem. Certa noite,aquela nossa turminha de colegas jogava na casa de um deles, na praça inconfidência pertinho do cemitério, o Alfredo tumbando. Por volta da meia noite começaram uma brincadeira desafiando uns aos outros dizendo que daria um valor em dinheiro para quem fosse ao cemitério e buscasse um osso de defunto. Ninguém se apresentou para tal tarefa. Não se sabe qual era o mais medroso! Derrepente Alfredo simiu; decorrido certo tempo todos concentrados no jogo, entra o Alfredo na sala coloca um crânio de defunto sobre mesa em cima das cartas e diz: - passa os cobres pra cá taí o que ocêis queria! Não ficou nenhum dentro da casa. O desinfeliz foi a casa dele buscou uma escada saltou o muro e pegou a ossada que havia sido tirada na abertura de uma sepultura naquela tarde. E que seria enterrada no dia seguinte.
E agora para aquela turma de medrosos devolverem a caveira... Àquela hora da noite sem que ninguém soubesse, custaram pra convencer o Alfredo leva-la de volta. – Capaz eu busquei agora ocêis leva! Tiveram que fazer uma vaquinha e botar o dinheiro no bolso dele, só assim ele concordou em fazer a devolução.