O CRIME PERFEITO 2

CRIME PERFEITO 2

Marcão com mais de trinta anos de casamento, por conta das amizades de emprego, bebia exageradamente.

Não era mais aquele namorado romântico da época do casamento. Agora se tornara um casca grossa e maltrata diariamente sua mulher.

À noite quando chega bêbado lá vai bordoada e no dia seguinte continua a agressão. Tudo piorava ainda mais depois que ele aposentara.

Sua esposa dona Rita cansara daquela vida ridícula, mas como não tinha fonte de renda se submetia às humilhações imposto pelo marido.

Uma amiga aconselha separa, na justiça você pode obter a metade da aposentadoria dele. Os filhos todos com mais de vinte anos tomaram rumos diferentes.

Eram sós ela dona Rita e Marcão cachaceiro e agressor.

Pensava ela:

- Metade da aposentadoria eu quero é tudo que já é uma merrequinha. Repartir por dois vai ser meia merrequinha para cada um. Eu quero é tudo.

Arquitetou um plano baseada nas estórias de novelas entremeadas por revistas de telenovela. Se o amor acabou não posso mais ficar assim. Cadê o meu amor próprio.

Continuou a sua vidinha lavando a roupa dele e sendo a mulher mais serviçal possível.

De uma hora tomou gosto pela jardinagem começando também mudando seus hábitos alimentares e tratamento de beleza.

Comia muito alho, além disso, fazendo cremes usando “andiroba” e folhas de “citarela”.

No meio das plantas de seu jardim escondera várias armadilhas a fim de criar logradouros à benesse dos “aedis egipys”. Aproveitando a má assistência pública do seu bairro.

Não demorou muito eis que Marcão adquire uma forte dengue. Mas dona Rita continua usando as sus receitas caseiras de alho, andiroba e citarela, usando também várias qualidades de icenso fazendo verdadeiro fumasse na ausência do marido, justificada pelos “butecamentos” diários.

Mesmo depois de curar da dengue utilizando chazinhos da esposa dedicada, graças à multiplicação dos mosquitos que ela fazia, o marido é de novo vitimado pela dengue, só que dessa vez veio mais forte e hemorrágica. O tratamento fora demorado mais ele não agüentou e morreu.

Ao chegar em casa ela devassou o seu jardim e já no outro dia deu entrada no INSS requerendo a sua pensão fruto liquido e certo do direito.

Parece que sua receita de prevensão funcionou. E os vizinhos? Sempre chatos e abelhudos, que se danem.

Goiânia, 30 de MAIO de 2010.