Conversa de bar e artes marciais
- Eu acho que você está errado. Krav Maga não é desperdício - disse, Geraldo, com entusiasmo.
- Claro que é! Serve unicamente para matar! Onde já se viu algo que é considerado esporte servindo unicamente para eliminar a vida de alguém?
- Eu nunca vi, meu caro Alberto. Tanto nunca vi, que o tal Krav Maga que você chama de arte assassina é mais um esporte como qualquer um outro.
- Ah é, Geraldo? Então me prove!
- Mãos ao alto!
- Tira essa arma da minha frente! Tá maluco, rapaz?!
- Maluco é o caramba! Eu disse mãos ao alto!
- Pára, cara! Você já bebeu demais! - acusou, Alberto, enquanto seus olhos esbugalhados não perdiam a atenção perante o revólver.
- Você sabe tirar a arma de mim?
- Como assim?
- Eu te fiz uma pergunta... Você sabe tirar a arma de mim?
- Pára com isso...
- Não vou parar algo que nem comecei. Corre!
Alberto levantou-se, desengonçado e pôs-se a correr como pôde. No dia seguinte, os dois ressaqueados se encontraram no escritório.
- Nunca mais dirija a palavra até mim... - disse, Alberto, em meio a centenas de ofensas chulas.
Geraldo respondeu unicamente com sua frase nada esperada e de sentido duvidoso:
- Cara... Tá certo que o nível de álcool me fez confundir “Tiro ao alvo” com “Krav Maga”, mas convenhamos: Fazia um bom tempo que você não praticava um cooper...