CONVERSANDO COM O AMIGO ZÉ...

O azul do céu contrastava com nuvens brancas que pareciam algodões suspensos no firmamento, o sol brilhante criava tonalidades diferentes na vegetação exuberante de belíssimo parque, caminhávamos e conversávamos, o amigo Zé... falou:

_” Meu caro amigo M... suas palavras me deixam feliz.”- Falei: “Zé, a verdadeira sabedoria pelo que entendo não pertence apenas aos letrados, pessoas simples sem títulos acadêmicos podem nos dar grandes lições de vida, identifiquei sua sabedoria quando você olhando para uma goiaba que se espatifou no chão ao cair do pé me disse:

_’ Vejo nesta fruta caída um grande ensinamento para nós, - a fruta cresceu amadureceu e ficou aguardando ser colhida e posta na mesa para servir de alimento a muitos, mas como ninguém a colheu, se desprendeu se entregou ao solo fornecendo alimento para vermes animais pássaros, enfim quem aparecesse. – assim é o ensinamento que é destinado a nós, todos temos algo a aprender neste mundo, porém quando a lição aparece, não damos importância, o ensinamento individual fica sem destino e se perde, aí quando vem a fome, (o sofrimento) buscamos o alimento, (neste caso o conhecimento) temos que garimpar no meio dos acontecimentos infelizes, a lição que nos cabe, a lição que desdenhamos quando ela apareceu,”

O Zé... um pouco emocionado comentou: “Nossa... nunca pensei que este meu comentário fosse tão importante” – Mudando de assunto perguntou;

“ Qual das suas historias as pessoas duvidaram conforme você me disse?” - Admirei o Zé ainda mais, sempre quando alguém tentava elogiá-lo, fugia. - E respondi:

_” Foi quando falei nas abelhas do tamanho de caixas de fósforos criadas no sitio do avô de Seu Antonio, e dos sapos do tamanho de pneus que encontrei na estrada quando estacionei em cima de um deles, o bicho era tão forte que balançou o meu veiculo, mas ficou claro para nós, que este tamanho todo eles adquiriram porque se alimentavam das abelhas gigantes.”

Zé... me olhou meio desconfiado e comentou; “É esta historia deu o que falar.”- Animado com seu comentário expliquei; “Normalmente as pessoas tem dificuldade de acreditar em coisas fora do normal.

O amigo, JOSÉ CLAUDIO, ( Recanto das Letras} relata que no sitio do seu tio lá pelas bandas de Itabira MG, num rio não poluído, pegaram um peixe enorme, tão grande que precisaram arrastá-lo fora d’água por um trator, e antes que alguém duvide, estou pensando em pedir uma foto deste peixe.”

O Zé... sorrindo comentou: _” Acho difícil o seu amigo enviar esta foto, pelo tamanho do bagre, a foto deve ser gigantesca, ele vai precisar de um caminhão para enviá-la para seu endereço. “

Um pouco sério considerei; _” Este problema ele vai resolver, o amigo JOSÉ CLAUDIO, vai dar um jeito de enviá-la.”

Rimos um pouco e falei:_ "Tenho outro amigo GTADEUS ( Também do Recanto das Letras) que me informou ter encontrado cobras gigantes lá pela região de Bragança Paulista, quase divisa de Minas, ele as chamou de "cobrajamantas" devido ao tamanho descomunal, quando perguntei o porque de tamanha grandeza explicou; ‘elas crescem assim porque se alimentam dos sapos de tamanhos de pneus’, que você encontrou na estrada.”

O amigo sorriu e antes que falasse qualquer coisa, avistei enorme avião voando em nossa direção e chamei sua atenção dizendo:

_” Veja, um enorme avião vem voando muito baixo e lentamente, será que está caindo?”- Zé... que tem uma visão muitas vezes melhor que a minha, ao olhar para a aeronave, deu um sobressalto e gritou:

_”Não é um avião, é uma águia, olhe, ela bate as asas..."

Ficamos Lívidos, pasmos, estupefatos, a colossal ave veio voando lentamente batendo as asas suavemente como se deslizasse abaixo das nuvens, passou acima das nossas cabeças, suas patas pareciam gigantesco trem de pouso. E deslizando suavemente pelo ar foi desaparecendo no horizonte.

Não sei quanto tempo ficamos ali boquiabertos, sem reação, trêmulos, em estado de choque. O Zé foi o primeiro a voltar ao normal. Bateu nas minhas costas exclamando;

_” Acorde M... Você é muito medroso, esta águia enxerga a kilometros de distancia ela não quis nos pegar, somos insignificantes para ela. Por certo alimentos mais suculentos fazem parte do seu cardápio, deve estar de barriga cheia, pois voa tranqüila, sem pressa,”

Minha tremedeira diminuiu, respirei fundo voltando ao normal, o amigo aconselhou:

_” Vê se você não comenta isto com ninguém, senão vamos virar chacota das pessoas.”

Já quase refeito da emoção comentei: _”Tudo bem, não vou comentar (Só escrever), e estou curioso, como esta ave chegou a um tamanho desta magnitude.?”

O Amigo Zé... no alto da sua sabedoria explicou;_” Ela chegou a este tamanho fenomenal, porque se alimenta das "cobrajamatas" da região de Bragança Paulista do seu amigo Recantista GTADEUS.

Risadas e mais risadas...

Ficou impossivel manter a conversa.