O SUSTO DE ROSINHA NO BOSQUE ENACANTADO
O SUSTO DE ROSINHA NO BOSQUE ENCATADO
“Um conto para leitores crianças de 0 aos 90 anos”
Com apenas cinco anos Rosinha já se preocupava em ajudar a mãe nos afazeres domésticos. Tudo com muita simplicidade. Casinha humilde coberta de sapé com paredes de cipó e chão batido, fogãozinho de barro, tudo pintado com argila bem branquinha. Num cantinho, gravetos preparados com todo capricho pela mãe, que trabalhava com alegria entoando belas canções, que só as mães sabem interpretar.
Situado no sopé de uma montanha coberta de belos arbustos, à margem de um riacho de águas puras e cristalinas, onde Deus, com sua sublime arte e onipotência rematou com um lindo bosque, aquela maravilhosa paisagem. Perfumada por milhares de flores de todas as espécies. Uma encantadora bio diversidade, berço de pássaros, animais silvestres, e milhares de borboletas coloridas de todas as cores, emanando paz e tranqüilidade a aquela abençoada família.
Uma delicia a paz e o amor, vivenciada por aquele anjo de olhinhos azuis, na sua pobreza material, tão natural, mas feliz no seu esplendido paraíso infantil que mais parecia um cantinho do céu.
Com suavidade a brisa carregada de perfumes, se confundia, com a inocência de Rosinha, quando de leve beijava seu rostinho angelical.
Naquele encantador cenário, Rosinha com toda inocência, trocava confidencias com as borboletas que constantemente visitavam as flores nos derredores de sua casinha.
Numa bela tarde, encantada com uma borboleta azul, que ao por do sol, passou beijando suas flores,Rosinha, começou a segui-la de flor em flor, sem perceber entrou no bosque, encantada com os pássaros e animaizinhos que do alto dos arbustos, a aplaudiam com seus gorjeeis de boas vindas. inebriada com os encantos que seus olhinhos vislumbravam, caminhou bosque afora perdendo a noção do tempo, contemplando milhares de borboletas que bailavam em sua homenagem. Sem dar bolas para o tempo ela começou a vagar sem rumo, sabia que precisava voltar, mas seu curioso desejo pelos encantos do cenário era maior que sua força de vontade. Prosseguindo, trocava comprimentos com àquela multidão de amiguinhos encantadores.
De repente tudo silenciou: os passarinhos, as borboletas, os animaizinhos, até os insetos coloridos, louva deus, as joaninhas fizeram grande silencio. Somente a brisa continuou murmurando de leve ao tocar seu rostinho.
Então ela sentiu aquele friosinho na espinha, ficou toda arrepiada e começou andar mais rapidamente, parecia-lhe, ouvir algo, como passos te seguindo. Olhou para trás teve o maior susto de sua vida, uma enorme onça vinha rastejando em posição de ataque. Ela ficou estarrecida, gelada e sem fala.
Nesta hora se lembrou dos conselhos de sua mãe, para pedir ajuda ao seu anjinho de guarda, quando estivesse em perigo, com certeza papai do céu mandaria milhares de anjinhos em seu socorro. Assim que terminou seu pensamento, inúmeros anjinhos de asas coloridas foram descendo das arvores e formando grande revoada em torno do animal, em pouco segundos os passarinhos os animais os grilos, louva deus, joaninhas e as borboletas estavam todos girando em torno da onça, que com tamanha algazrra, há essa altura, já paralisada, se esbabacou com a grande manifestação de apoio à Rosinha. No meio daquela confusão surgiu um chipanzé com uma rodilha de cipó, saltando, daqui, dali, ele amarrou a fera bem amarrada, imobilizando-a com muitas voltas de cipó em todo o corpo. Em seguida, quebrou um galho de arvore, colocou na mão de Rosinha, conduzindo-a pelo braço fez a ela um gesto para malhar a onça. Ao desferir a primeira pancada no animal, ela acordou.
Estava apenas sonhando. E os passarinhos como faziam todas as manhãs, cantavam belas melodias, em sua homenagem, pousados nos arbustos no entorno de sua humilde casinha.