SE ARREPENDIMENTO MATASSE...

Numa noite enluarada

Em tempo de fazer nada

Eu parei na encruzilhada

A procura de um bordel

Já abrindo a braguilha

Avistei Dona Maria

Me acenando. Maravilha!

E fui tomar um coquetel

E acendeu a luz vermelha

Foi quando me deu na telha

Ao ver que a velha faceira

Tocava um banjo menestrel

Ela meteu o dedo na aflita

Mas que coisa mais bonita

Ver o buraco da bendita

Salivando igual corcel

Chegaram outras gurias

Fazendo u'as estripulias

E eu tocando, só as via

Rodando qual carrocel

Me pegaram todas elas

Me grudaram na janela

Sem terno, calça ou lapela

Virei carne do pastel

Era preu sair dali

Mas meu tico bem guri

Disse: não saio daqui

E me enlheou no carretel

Mas que noite traiçoeira

Merecia um tapa na orelha

Fui mexer co'aquelas fêmeas

E hoje moro no bordel

Soubesse, não tinha ido

Nem teria me perdido

Melaria só o umbigo

Tocando bronha à fuzéu

Kaffa
Enviado por Kaffa em 30/03/2010
Reeditado em 19/08/2010
Código do texto: T2168355
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