SE ARREPENDIMENTO MATASSE...
Numa noite enluarada
Em tempo de fazer nada
Eu parei na encruzilhada
A procura de um bordel
Já abrindo a braguilha
Avistei Dona Maria
Me acenando. Maravilha!
E fui tomar um coquetel
E acendeu a luz vermelha
Foi quando me deu na telha
Ao ver que a velha faceira
Tocava um banjo menestrel
Ela meteu o dedo na aflita
Mas que coisa mais bonita
Ver o buraco da bendita
Salivando igual corcel
Chegaram outras gurias
Fazendo u'as estripulias
E eu tocando, só as via
Rodando qual carrocel
Me pegaram todas elas
Me grudaram na janela
Sem terno, calça ou lapela
Virei carne do pastel
Era preu sair dali
Mas meu tico bem guri
Disse: não saio daqui
E me enlheou no carretel
Mas que noite traiçoeira
Merecia um tapa na orelha
Fui mexer co'aquelas fêmeas
E hoje moro no bordel
Soubesse, não tinha ido
Nem teria me perdido
Melaria só o umbigo
Tocando bronha à fuzéu