Os argumentos da Paula

Neste final de semana, fui à cidade vizinha fazer umas comprinhas. Não que na minha cidade não tenha onde fazer compras, não é isso, é que eu queria mudar um pouco de ares. Bom, chegando lá, entrei numa loja ampla e agradável. Peguei umas calças jeans, entrei num provador e descuidadamente lá deixei meu celular.

Só à noite, em casa, senti a falta do aparelho. Liguei pra o meu número do convencional, e, uma voz que dizia chamar-se Paula, atendeu dizendo trabalhar na loja em que eu havia feito a compra da minha calça jeans. Ela disse que encontrara meu telefone no provador e marcou comigo para no dia seguinte, eu ir me encontrar com ela na loja e recuperá-lo.

No dia seguinte fui procurar por Paula. Sorrindo para ela me apresentei dizendo: “Oi Paula! Sou a dona do celular que você encontrou ontem, no provador.”Ela imediatamente respondeu: “Eu não encontrei celular nenhum!” Eu então retruquei: “Como não, se liguei e você atendeu dizendo se chamar Paula, trabalhar aqui, e havia encontrado meu aparelho no provador?” Ela, negou veementemente. Eu ainda insisti: “Como se explica então, eu saber seu nome e tudo mais? ”Que coisa estranha!" “Não sei! Só sei que não achei celular nenhum” Enquanto ela falava eu tentava identificar a voz. "Quando a gente encontra qualquer coisa aqui, a gente entrega à gerência." Insistia ela. Que fazer então, diante dos argumentos da Paula? Era a palavra dela contra a minha. Que, só ia nos levar a um grande estress. Decidi deixar pra lá. Bloqueei o chip e comprei um novo aparelho.

Mas, o mais interessante disso tudo é que toda vez que pegar no meu novo celular, usar a calça jeans ou conhecer alguém chamada Paula, irei lembrar deste episódio deprimente que para mim foi: Triste, desagradável, e, marcante!

Mariluxa