Pescando Tatu Galinha!!!
Roberto Mateus Pereira
16/março/2010
Nem sempre as demoradas e intermináveis filas de banco nos deixam aborrecidos, principalmente quando ao nosso lado se encontra um contador de casos. Por várias vezes me encontrei com essas incríveis criaturas, na maioria formada por pessoas simples, porém com capacidade criativa enorme.
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Tranquilo na fila de espera, “ seu” José ia narrando aos presentes uma história em que esteve presente, ao lado de vários amigos, numa inesquecível pescaria lá pelas bandas do Rio do Peixe.
Na verdade, essa pescaria aconteceu na década de 60, quando um de seus amigos, Walter “Tatu”, conseguiu uma façanha de dar inveja até em pescadores mais tarimbados.
Tudo aconteceu quando Walter, acompanhado de alguns amigos, foi passar uma tarde na beira do Rio do Peixe, no tempo em que a caça era liberada.
Como sempre, ele levou uma rica traia de pesca e dois desses amigos foram apenas para caçar, com um cachorrinho mateiro especialista em desentocar paca.
Infelizmente, eles escolheram um dia muito ruim, pelo menos para caçar: os dois caçadores se cansaram de tanto andar pelas barrancas do rio, sem achar nenhuma paca. Para não dizer que não mataram nada, o cachorrinho farejou um tatu e, na base do enxadão, conseguiram arrancar o bicho do buraco.
Quando voltaram da caçada, encontraram o Walter cochilando na beira do rio, embora segurasse o caniço com a mão direita. Dispostos a fazer a brincadeira, um deles entrou na água e enroscou o tatu no anzol do companheiro.
Com a correnteza forçando o tatu para água abaixo, Walter acordou e passou a tentear o “peixe”, enquanto os amigos davam boas gargalhadas, ao presenciar a cena.
Depois de conseguir retirar a presa da água, é que Walter verificou tratar-se de um tatu-galinha. O homem não se deu por achado e disparou:
– E que vocês estejam vendo eu pescar este tatu, porque assim já tenho testemunha, no caso de alguém duvidar, lá na cidade, quando eu contar que peguei três tatus no anzol.
Diante da história de que havia pescado três tatus, seus amigos, mesmo achando que era brincadeira, imediatamente foram olhar dentro do seu embornal, realmente estava volumoso, e ficaram surpresos: de fato, somados com esse último, havia no embornal três tatus.
Um dos amigos, inconformado com o fato, perguntou ao Walter como ele havia conseguido o milagre de pescar os tatus, ao que ele respondeu:
– O segredo está no jeito de fisgar.
Roberto Mateus Pereira
16/março/2010
Nem sempre as demoradas e intermináveis filas de banco nos deixam aborrecidos, principalmente quando ao nosso lado se encontra um contador de casos. Por várias vezes me encontrei com essas incríveis criaturas, na maioria formada por pessoas simples, porém com capacidade criativa enorme.
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Tranquilo na fila de espera, “ seu” José ia narrando aos presentes uma história em que esteve presente, ao lado de vários amigos, numa inesquecível pescaria lá pelas bandas do Rio do Peixe.
Na verdade, essa pescaria aconteceu na década de 60, quando um de seus amigos, Walter “Tatu”, conseguiu uma façanha de dar inveja até em pescadores mais tarimbados.
Tudo aconteceu quando Walter, acompanhado de alguns amigos, foi passar uma tarde na beira do Rio do Peixe, no tempo em que a caça era liberada.
Como sempre, ele levou uma rica traia de pesca e dois desses amigos foram apenas para caçar, com um cachorrinho mateiro especialista em desentocar paca.
Infelizmente, eles escolheram um dia muito ruim, pelo menos para caçar: os dois caçadores se cansaram de tanto andar pelas barrancas do rio, sem achar nenhuma paca. Para não dizer que não mataram nada, o cachorrinho farejou um tatu e, na base do enxadão, conseguiram arrancar o bicho do buraco.
Quando voltaram da caçada, encontraram o Walter cochilando na beira do rio, embora segurasse o caniço com a mão direita. Dispostos a fazer a brincadeira, um deles entrou na água e enroscou o tatu no anzol do companheiro.
Com a correnteza forçando o tatu para água abaixo, Walter acordou e passou a tentear o “peixe”, enquanto os amigos davam boas gargalhadas, ao presenciar a cena.
Depois de conseguir retirar a presa da água, é que Walter verificou tratar-se de um tatu-galinha. O homem não se deu por achado e disparou:
– E que vocês estejam vendo eu pescar este tatu, porque assim já tenho testemunha, no caso de alguém duvidar, lá na cidade, quando eu contar que peguei três tatus no anzol.
Diante da história de que havia pescado três tatus, seus amigos, mesmo achando que era brincadeira, imediatamente foram olhar dentro do seu embornal, realmente estava volumoso, e ficaram surpresos: de fato, somados com esse último, havia no embornal três tatus.
Um dos amigos, inconformado com o fato, perguntou ao Walter como ele havia conseguido o milagre de pescar os tatus, ao que ele respondeu:
– O segredo está no jeito de fisgar.