A MENTIRA
A Mentira
O dia primeiro de abril era conhecido mundialmente como o dia da mentira.
Era? Era.
Há algum tempo a mentira era coisa “séria”, era a “verdade” de caçadores e pescadores. As “estórias” deles já rodaram chão e hoje não têm mais o mesmo enredo ou o mesmo som. Às vezes tinha “pernas curtas” e, quando descoberta, a morte era o pagamento.
Mas a mentira, hoje em dia, não é brincadeira: mentimos de “verdade”.
Os políticos mentem todos os dias porque num dia só não “cabe” tanta mentira.
Os filhos mentem para os pais porque os pais fingem que acreditam neles.
As igrejas mentem para os fiéis porque, se falarem a verdade, os fiéis se afastam.
Os patrões fingem que pagam seus funcionários e estes fingem que trabalham.
Os amantes mentem um para o outro porque imaginam que “chifre trocado não dói”.
E assim, a mentira se transforma em uma meia verdade.Mas é igual a um buraco: quanto mais se aprofunda, mais se afunda. Afinal, não existe meio buraco, assim como não existe “meia verdade”.
Mentir, às vezes, parece o melhor caminho, mas sempre traz conseqüências desastrosas.
Resumidamente, o “pecado tem vários instrumentos, mas a mentira é o cabo que se adapta a todos eles”.
É verdade ou é mentira?