A Eleição do Coronel
Numa pequena cidade sertaneja do nosso interior, havia um “todo-poderoso” coronel, cuja eleição era sempre garantida pelo temor de sua valentia. Votava-se em quem ele mandasse. E isto não apenas no seu município, mas nuns quatro ou cinco da região, em que abrangia o seu reduto eleitoral. A propaganda escrita era feita nos muros, com letras grandes e de cores vivas. Numa parede branca, estava lá pintada de azul: VOTE EM FULANO DE TAL. E aparecia o nome do coronel.
Na calada da noite, a mando de seu adversário, alguém foi lá e antecedeu um NÃO ao que estava escrito. No dia seguinte, às claras e publicamente, o coronel mandou acrescentar: PRA VER O QUE ACONTECE.