Na da fila da comunhão ( O velho Liberato e a hóstia sagrada )
Domingo, o dia amanheceu ensolarado. A missa começava as Oito horas da manhã, altar enfeitado com lírios, margaridas brancas,e rosas das mais variadas cores que deixavam um cheiro agradável no ar. Tudo preparado com muito capricho e zêlo pelas filhas de Maria, sob a batuta rigida do velho leão de judá como ele mesmo se intitúlava. Já pasava das sete e trinta, lá estava ele de pé na porta da igreja a receber os fiéis que entravam apressados, preocupados em encontrar o melhor lugar. Éra domingo a cidadezinha estava em fésta, três crianças ian ser batizadas naquele dia, sinal certo de boa comida e boa bebida de graça, éra só escolher a casa, mas para isso era preciso assistir a missa e ao batizado, depois comprimentar o padre e a familia, feito isso, a porta estava aberta para a festa. Cada homem, e cada mulher e criança da pequena Alvorada procuravam usar o que tinham de melhor em seus guarda roupas, para não serem motivo de chacota no dia seguinte. Cidade Pequena tem dessas coisas que a
gente não entende, frutos da nossa alma ainda cheia de falhas e em processo de depuração.
Bom dia seu Liberato! como foi a pescaria ontem? soube que o sr. foi pescar lá pras bandas do rio vermelho, e pegou um dos grandes!
Bom dia... seu Bonáccio! Respondeu sorrindo o velho leão de judá. - num foi no rio vermeio não, foi no rio grande, lá onde o rio fais a curva
pértinho das corredera e...., Uma vóz forte interrompeu-o em tom repreensivo - Liberato! filho de Deus.... ( Continua)