RICARDÃO NA MIRA DA ESPINGARDA

RICARDÃO NA MIRA DA ESPINGARDA

Contava meu avô que na idade média os hábitos de higiene foram os piores que se possa imaginar. Os núcleos urbanos não tinham saneamento básico nem mesmo as tradicionais latrinas existiam. As necessidades fisiológicas eram feitas nos pinicos. E atirados nas ruas pelas janelas das residências.

Os coronéis com seu poder aquisitivo elevado, possuíam seus toneis de madeiras com as tampas bem vedadas, ali juntavam todo o tipo de dejetos produzidos em suas residências. Quando cheios eram colocados nas carroças pelos escravos e levados para a fazenda a serem consumidos pelos porcos.

Determinado coronel era casado com uma jovem muito linda, e como ele como já andava negando fogo. A jovem senhora começou a saltar a cerca com um ex-namorado. Muito folgado o cabra só queria namorar e nada mais. Acabou por ser sustentado por ela que a cada dia estava mais apaixonada.

O coronel passava dias na fazenda, enquanto a mulher se deleitava nos braços do amante. Eis que determinado dia. O coronel chega de surpresa à sua casa. Apertados, à mulher sugeriu ao amante se esconder dentro do tonel, que estava pra lá do meio de dejetos. O marido muito entusiasmado com a caçada, que fizera, começou a narrar seus feitos apontava a espingarda armada dos dois canos para o tonel e descrevia o que fizera para abater sua caça. Olhando pela fresta da tampa o cabra mergulhava na podriqueira. Por cerca de dez minutos a sena fizera com que toda a carga do seu intestino se juntasse aos dejetos, que a esta altura espalhara seu fedor pela casa inteira, despertando atenção do coronel. Numa atitude momentânea disse: - mulher que horror este tonel está péssimo. Melhor jogar isso fora! Apanhando o tonel atrasou a rua e o depesjou num lote vago a frente da casa. Voltou às gargalhadas ao encontro da mulher que já nem tinha mais fôlego nem sangue no rosto de tão assustada. Quase sem poder falar de tanto rir disse - mulher você não imagina o que ocorreu! Tinha um homem defecando atrás da moita! Mandei o tonel de lavagem em cima dele! Saio a mil por hora correndo mais que veado a frente dos cachorros! A mulher respirou aliviada rindo com ele. Agradecida pela sorte que tivera.

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 20/02/2010
Reeditado em 20/02/2010
Código do texto: T2097134
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