O FILHO DO MEIO

O FILHO DO MEIO

Desde criança ele fora um garoto problemático. Qualquer contrariedade batia a cabeça no chão com força, repetindo as cabeçadas várias vezes. Para apreender a andar foi necessário até ajuda de benzedeira.

Foi crescendo e as cabeçadas continuam. Na escola também foi sempre problemático sempre notas baixas e passava de ano com ajuda de professores.

A grande qualidade dele sempre foi à pontualidade e a dedicação à escola, era o primeiro a chegar e o último a sair. Graças a essa dedicação ele formou em educação física jubilado, isso é os professores deram aquela mãozinha.

Quando jovem rapaz erado por volta dos 25 anos a família criticava-o por não arrumar namorada. Eis se não quando chega com uma namorada em uma festa em casa. A surpresa não foi uma foram duas. Bem esse trecho eu vou pular por conveniência.

Bem hoje casado com a mesma moça da surpresa há dez anos, não conseguem ter filhos.

Tudo que ele faz não dá certo porque é o pai que interferi sempre por imposição da mãe.

Bem ele não deu certo com uma academia montada, com um churrasquinho estocado e com um emprego de entregados de salgados.

Nada deu certo o pai de novo o culpado.

Insisto para que ele preste algum concurso, no primeiro entregou a prova com 20 minutos, “bombou”, e assim idem idem e ibidem.

A mãe querendo separar do marido traz o filho do meio para administrar o negócio de família sem avisar.

Ao era para ele vir o negócio era a tentativa de sua esposa salvar a situação com algumas clientes de massagem linfática e ela é boa nisso.

Conversei com a mulher dele pedindo explicação na vinda dele. Fiquei sabendo por fofoca miúda que a mãe é que lhe havia prometido a gerência da pousada.

Chegou como político eleito, chamou a atenção do pai por esta de short com as pernas cruzadas dentro do próprio quarto e falou que a esposa não ia ficar ali porque tinha hospedes sem camisa e tatuadas.

Esse gerente vai falir de novo o nosso negócio. Quando falei a verdade de tudo ele me culpou de todos os seus fracassos.

Vou voltar para São Luiz e nunca mais ponho os pés aqui, vou vencer pelo meu próprio esforço e saiu pelo mundo do mesmo jeito quando criança:

- Dando cabeçadas pelo mundo afora...

Goiânia, 5 de fevereiro de 2010.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 05/02/2010
Código do texto: T2071532
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