Um fusquinha arrojado!
Roberto Mateus Pereira
23/jan/2010
Sempre, numa roda de amigos, há alguns que se destacam contando causos que juram, de pés juntos, serem verdadeiros; há outros que fazem, com a maior facilidade, piadas dos mais variados acontecimentos envolvendo amigos ou pessoas conhecidas: no nosso tempo de faculdade, tínhamos um desses amigos, especializado em contar os mais estranhos e divertidos causos.
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Paulo César sempre gostou de travar amizade com tipos populares ou contadores de causos. Nas pescarias que realizava com seu pai, nas férias no Mato Grosso, ou nos churrascos que sempre promovia, na sua república, era comum passarmos horas ouvindo histórias engraçadas, muitas das quais nem sempre aconteceram.
Talvez por isso Paulo César sempre andava e ainda anda com o seu repertório atualizado, sendo raro o dia em que ele não tem alguma novinha em folha para contar.
O nosso personagem nos contou sobre uma carreta carregada que enguiçara bem na base de uma serra existente nas proximidades de sua cidade, e que o motorista, muito preocupado, já havia mexido até no motor e nada de achar o defeito.
Nisso, parou um fusquinha – um “pois é” de mil novecentos e nada –, cujo dono se ofereceu para rebocar a carreta.
O motorista pensou até que fosse uma gozação: onde um fusquinha 1.300 iria achar forças para puxar um gigante daqueles e, ainda por cima, carregado?
No entanto, o dono do fusquinha tirou uma corda do porta-malas e insistiu em dar socorro e, para que a recusa não parecesse uma desfeita, o caminhoneiro acabou aceitando ser rebocado até um posto existente no alto da serra, mas alertou o dono do fusquinha que sua carreta não sairia do lugar.
O dono da carreta teve uma grande surpresa, quando, na primeira arrancada, o fusquinha 1.300 saiu puxando todas aquelas dezenas de toneladas com a maior facilidade.
Subiram a serra em segunda e muitas conduções que vinham em sentido contrário chegavam até a parar, para presenciar aquele inusitado fato.
Quando chegou ao posto escolhido, o fusquinha começou a esfumaçar e o motorista da carreta, ao perceber toda aquela fumaça, disse para o dono do fusquinha:
– Eu sabia que ele não iria aguentar tanto peso!
Mas obteve como resposta, do proprietário do fusca:
– Não foi nada não, moço. Só tá soltando fumaça por causa do breque: eu sou meio esquecido e subi a serra com o freio de mão puxado.
Roberto Mateus Pereira
23/jan/2010
Sempre, numa roda de amigos, há alguns que se destacam contando causos que juram, de pés juntos, serem verdadeiros; há outros que fazem, com a maior facilidade, piadas dos mais variados acontecimentos envolvendo amigos ou pessoas conhecidas: no nosso tempo de faculdade, tínhamos um desses amigos, especializado em contar os mais estranhos e divertidos causos.
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Paulo César sempre gostou de travar amizade com tipos populares ou contadores de causos. Nas pescarias que realizava com seu pai, nas férias no Mato Grosso, ou nos churrascos que sempre promovia, na sua república, era comum passarmos horas ouvindo histórias engraçadas, muitas das quais nem sempre aconteceram.
Talvez por isso Paulo César sempre andava e ainda anda com o seu repertório atualizado, sendo raro o dia em que ele não tem alguma novinha em folha para contar.
O nosso personagem nos contou sobre uma carreta carregada que enguiçara bem na base de uma serra existente nas proximidades de sua cidade, e que o motorista, muito preocupado, já havia mexido até no motor e nada de achar o defeito.
Nisso, parou um fusquinha – um “pois é” de mil novecentos e nada –, cujo dono se ofereceu para rebocar a carreta.
O motorista pensou até que fosse uma gozação: onde um fusquinha 1.300 iria achar forças para puxar um gigante daqueles e, ainda por cima, carregado?
No entanto, o dono do fusquinha tirou uma corda do porta-malas e insistiu em dar socorro e, para que a recusa não parecesse uma desfeita, o caminhoneiro acabou aceitando ser rebocado até um posto existente no alto da serra, mas alertou o dono do fusquinha que sua carreta não sairia do lugar.
O dono da carreta teve uma grande surpresa, quando, na primeira arrancada, o fusquinha 1.300 saiu puxando todas aquelas dezenas de toneladas com a maior facilidade.
Subiram a serra em segunda e muitas conduções que vinham em sentido contrário chegavam até a parar, para presenciar aquele inusitado fato.
Quando chegou ao posto escolhido, o fusquinha começou a esfumaçar e o motorista da carreta, ao perceber toda aquela fumaça, disse para o dono do fusquinha:
– Eu sabia que ele não iria aguentar tanto peso!
Mas obteve como resposta, do proprietário do fusca:
– Não foi nada não, moço. Só tá soltando fumaça por causa do breque: eu sou meio esquecido e subi a serra com o freio de mão puxado.