NOS TEMPOS DE CRIANÇA

Tenho imensas saudades do meu tempo de criança. A responsabilidade retraída, sem qualquer responsabilidade. Aquela idade na infância, que nada além de brincar importava. Época de muita fantasia, muita criatividade, invenção. É isso mesmo, nos inventávamos nossos próprios brinquedos. O Papai Noel existia, era de verdade, mesmo assim a gente tinha oportunidade de escolher qual o presente gostaria de ganhar.

Na escola era apenas brincadeira, passávamos a aula desenhando o tempo todo. A bola era feita de meia e farrapos; o sapato de borracha em que o gostoso era pisar na poça d’água.

A polpa do tucumã uma delícia, depois o caroço substituía a peteca. Tudo era motivo de alegria, tudo era sensação. Menos quando o motivo mudava, não para alegria ou sensação, mas repreensão ou até punição.

Se valeu a pena? Lógico que valeu.

A vida mesmo sendo nova, não se deve deixar a toa. Se algo acontecer de errado, pode complicar o acerto. Mesmo porque a infância terminará ali adiante. E depois, vem a adolescência e para quem teve boa infância, a vida apenas continuará e não haverá tanta mudança, o importante é perseverar.

Minha infância querida, tempos que não voltam mais.

Agora é só acompanhar a vida dos meus filhos e, vez por outra, invejar ou então participar.

Até porque não sou velho, ainda hoje sou uma criança. O que muda, são apenas as características e responsabilidades, em que as crianças menores são felizes por não serem influenciadas, por não serem tão responsabilizadas.

Mesmo assim, vale a pena!!!