Criação moderna de porcos
Há muitos causos nos foram contados há muito tempo, pelo amigo Osnir Zacanaro. Hoje, revirando o nosso “baú de causos”, deparamos com este que aborda um método revolucionário de criação de porcos, numa cidade de Minas Gerais.
Tudo começou em 1985, quando José Simione, popular “Zelão”, gozando quinze dias de férias na Usina Santa Adelaide, resolveu arranjar um “bico” nesses dias de folga, indo trabalhar como operador de máquinas na cidade de Iturama/MG.
Ao chegar a Iturama, o que mais lhe chamou a atenção foi a enorme criação de porcos que havia na cidade: todas as casas possuíam pelos menos um chiqueiro, donde deduziu que lá havia mais porcos do que gente. Abismado com a enorme população suína de Iturama, Zelão perguntou a um morador por que as pessoas dali davam tanto valor aos porcos.
O cidadão, um velho mineiro de nome Vicente, respondeu que isso acontecia porque criar porcos era muito lucrativo, já que em Iturama cada exemplar era engordado duas vezes ou mais, dando uma renda fabulosa.
Curioso por conhecer esse método, Zelão pediu ao “seu” Vicente que o levasse para ver de perto como funcionava esse novo sistema. O velho mineiro o encaminhou até uma casa de onde saía uma fumacinha do quintal, levando-o a adivinhar que ali estavam mexendo com porcos.
Já no quintal da casa, Zelão pôde conhecer o tão falado método ituramense de criação suína: o dono do porco pendurava o animal, amarrando-o pelas patas traseiras num galho de árvore e acendia em baixo dele um fogo bem brando, de modo que nem sapecasse o pelo do bicho. Com o calor, a banha do porco ia se derretendo e começava a pingar pelo focinho, caindo numa bacia que estava colocada debaixo do animal.
Daquele porco que Zelão viu ser “esquentado”, ele calculou que o dono da casa colheu cerca de trinta quilos de banha, porque a bacia ficou quase cheia. O interessante é que, depois de colhida a banha, notava-se que o porco tinha ficado magro, tanto que foi solto de volta ao chiqueiro, para ser engordado novamente, mostrando-se muito ligeiro.
Segundo Zelão, os suínos de Iturama já estavam acostumados com aquele sistema, visto que, para eles, era como se estivessem tomando uma sauna, de maneira que nem gritavam, quando o fogo lhes esquentava o couro.
Zelão voltou tão animado, prometendo que, quando se aposentar, vai implantar em seu quintal um método de criar porcos como esses, já que o sistema usado no Estado de São Paulo está bastante desatualizado.
Há muitos causos nos foram contados há muito tempo, pelo amigo Osnir Zacanaro. Hoje, revirando o nosso “baú de causos”, deparamos com este que aborda um método revolucionário de criação de porcos, numa cidade de Minas Gerais.
Tudo começou em 1985, quando José Simione, popular “Zelão”, gozando quinze dias de férias na Usina Santa Adelaide, resolveu arranjar um “bico” nesses dias de folga, indo trabalhar como operador de máquinas na cidade de Iturama/MG.
Ao chegar a Iturama, o que mais lhe chamou a atenção foi a enorme criação de porcos que havia na cidade: todas as casas possuíam pelos menos um chiqueiro, donde deduziu que lá havia mais porcos do que gente. Abismado com a enorme população suína de Iturama, Zelão perguntou a um morador por que as pessoas dali davam tanto valor aos porcos.
O cidadão, um velho mineiro de nome Vicente, respondeu que isso acontecia porque criar porcos era muito lucrativo, já que em Iturama cada exemplar era engordado duas vezes ou mais, dando uma renda fabulosa.
Curioso por conhecer esse método, Zelão pediu ao “seu” Vicente que o levasse para ver de perto como funcionava esse novo sistema. O velho mineiro o encaminhou até uma casa de onde saía uma fumacinha do quintal, levando-o a adivinhar que ali estavam mexendo com porcos.
Já no quintal da casa, Zelão pôde conhecer o tão falado método ituramense de criação suína: o dono do porco pendurava o animal, amarrando-o pelas patas traseiras num galho de árvore e acendia em baixo dele um fogo bem brando, de modo que nem sapecasse o pelo do bicho. Com o calor, a banha do porco ia se derretendo e começava a pingar pelo focinho, caindo numa bacia que estava colocada debaixo do animal.
Daquele porco que Zelão viu ser “esquentado”, ele calculou que o dono da casa colheu cerca de trinta quilos de banha, porque a bacia ficou quase cheia. O interessante é que, depois de colhida a banha, notava-se que o porco tinha ficado magro, tanto que foi solto de volta ao chiqueiro, para ser engordado novamente, mostrando-se muito ligeiro.
Segundo Zelão, os suínos de Iturama já estavam acostumados com aquele sistema, visto que, para eles, era como se estivessem tomando uma sauna, de maneira que nem gritavam, quando o fogo lhes esquentava o couro.
Zelão voltou tão animado, prometendo que, quando se aposentar, vai implantar em seu quintal um método de criar porcos como esses, já que o sistema usado no Estado de São Paulo está bastante desatualizado.