A CADELA E A LINGUIÇA

A CADELA E A LINGÜIÇA

No ano de 1969 trabalhávamos carpindo uma lavoura de feijão, éramos doze trabalhadores. Divino do Neca um deles. Muito conhecido por suas façanhas nas bebedeiras. Teria uma brilhante carreira se sorte o houvesse premiado com uma oportunidade. Homem bom e muito divertido, destes caboclos dotados, um humorista nato. Foi um alcoólatra cômico, querido por todos. Sempre afirmando que todo Divino tem pouca sorte nos divertia muito com suas brincadeiras e expressões. Enumerava diversos companheiros de nome Divino com uma desventura qualquer.

No horário do almoço. Uma bacia enorme, cheia de comida, um pedaço de lingüiça de uns vinte centímetros pra cada um nós. Reunidos no entorno da bacia cada serviu seu prato, após recebeu seu pedaço de lingüiça, que fora levado em recipiente separado. Divino deixou seu pedaço de lado no prato, repetiu comida como de costume, mas poupando a lingüiça. Terminada a refeição disse ele: agora vou apreciar minha lingüiça! Minha cadela de raça havia me acompanhado, e estava deitada ao lado, muito educada ela só atacava se mandasse. Divino espetou seu garfo na lingüiça virou de um lado, cheirou virou do outro cheirou também, e pra fazer figa na cadela fez que fosse jogá-lo a ela. Ela saltou por cima da bacia com os restos de comida e bateu a mais de dois metros à frente comendo lingüiça e garfo, misturados com terra e tudo. Foi uma gargalhada só da turma.

Com ele lamentando e dizendo, - eu não disse! Agora vocês acreditam que todo Divino é sem sorte... Ou não?

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 14/01/2010
Código do texto: T2029370
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