História Virtual Real

Capítulo I

A infância

Penélope nascera aos 24 de junho de 1964, no bairro do Cambuci na cidade de São Paulo em um País denominado Brasil.

Aos seis anos aprendera a ler sem ter freqüentado a escola. Adorava o seu irmão mais velho Paulo. Não se largavam nem por um segundo.

Foi quando Renato ficara internado com hepatite e fora internado no Hospital Cruz Azul e então Penélope para ficar ao lado do irmão decidiu usar as os utensílios domésticos dos quais o irmão utilizava escondida da sua mãe. Eis que ela em pouco tempo desenvolvera a doença e a mãe juntamente com a tia a levaram para o hospital e para a sua surpresa no dia em que ela ficaria internada o seu irmão havia recebido alta e então Penélope armou o maior escândalo no hospital e então sua mãe assinou o termo de responsabilidade e decidira não interná-la.

Aos sete anos Penélope entrara na Escola Municipal do Jardim Aliança situada no Jardim Cabuçú em frente a sua casa na Rua General Jerônimo Furtado onde estudara até o segundo ano de Ensino Fundamental I.

A sua mãe trabalhava no bar com seu primo e seu pai era soldado do batalhão da Polícia Militar. Ela tinha mais quatro irmãos. Renato que já fora citado, Regina, Rosemary e Ronaldo. Eram para ser em seis mais Ricardo morrera aos seis meses após o seu nascimento e a causa mortis é desconhecida, porém o atestado de óbito prevalecera como broncopneumonia.

Aos oito anos de idade Penélope chegara em casa após um dia de aula quando notara que a sua família não mais morava ali. Entrou em desespero e voltou para a escola e sua professora Neide ficara com ela aguardando até que chegasse alguém na casa vazia.

Foi quando a sua irmã Regina que saira da escola E.E. Albino César situada no Jaçanã e passou para buscar a sua irmã.

Então nesse dia foram as três para a nova casa de Penélope.

Capítulo II

A nova casa

A nova casa de Penélope era muito pequena. Tal como a outra. Tinha apenas dois quartos, uma sala e uma cozinha bem pequena e um banheiro minúsculo. Havia uma casa no quintal em que ficara a sua avó juntamente com o seu Tio João.

O quintal era enorme e tinha uma árvore bem antiga. Contam os mais antigos que no fundo do quintal havia uma casa em que a mulher que lá morava jogara álcool no corpo e se incendiara e viera a falecer.

Penélope e seus irmãos ficaram impressionados com a história e assustados também e de vez em quando juravam ouvir barulhos pela casa, mas nunca viram nada.

Penélope gostava de brincar no rio juntamente com os seus irmãos, que ficava ao lado da casa e novamente contraiu a hepatite. Perdera o ano na escola, pois ficara um bom tempo afastada. E então no ano seguinte mudara de escola.

Na escola zombavam dela por ser loira e não gostar de pentear os cabelos tanto que a sua prima cortara o seu cabelo no estilo Joãozinho. O seu colega de escola mais irritante era o Ademir que a chamava de Bruxa do Bosque e não a deixava em paz. Ela tinha que agüentar esses tipos de desaforos calada, pois a sua mãe em qualquer reclamação batia nela. O seu pai nem pensar, não a permitia sair nem no portão de casa e se a pegasse conversando com algum menino no portão era surra na certa. E na frente de quem quer que fosse.

Aos dez anos estava no quintal junto com a inquilina aprendendo a fazer tricô. Eis que para em cima da sua cabeça um objeto não identificado que parecia um helicóptero, mas não fazia barulho. Quando ela olhou para o alto viu aquele objeto e começara a pensar que alienígenas a queriam levar e eis que então surge o seu pai e o objeto desaparecera como num passe de mágica e desde então Penélope não mais tivera sossego, pois caminhava quarenta minutos para a escola sozinha e sempre que via algum objeto no ar corria e se escondia.

Capítulo III

Os primeiros amores

O tempo foi passando e ela foi ficando mocinha e eis que aos doze anos apaixonara-se por um belo rapaz com lindos olhos azuis da cor do mar e cabelos dourados como o Sol. O nome dele era Carlos Eduardo.

Ela adorava quando chegava o final de semana e tinha bailinhos na casa dele.

Os dois dançavam abraçadinhos até a meia-noite.

Mas ele não nutria o mesmo sentimento por ela, pois a achava muito novinha.

Ele gostava sim era da sua irmã Rosemary.

Mas como Rosemary sabia do amor da sua irmã por aquele belo rapaz, e por isso nunca lhe dera esperanças.

Mas como tudo passa Lady Catherine desistiu do rapaz e decidiu dedicar-se aos estudos.

Aos quinze anos a paixão tomara conta de seu coração novamente e ela se encantara com o coroinha da igreja que ela freqüentava.

E por isto não mais saía da Igreja Católica Apostólica Romana São Pedro e então fez a primeira comunhão, foi crismada, fez curso de catequista para lecionar e estar ao lado do seu amado, mas novamente o destino lhe pregava uma peça.

Ela criou coragem e declarou seu amor por ele, namoraram algumas semanas, mas ela colocou um fim no relacionamento quando ele tentara aproveitar da sua inocência.

E então, ela não quisera mais saber daquele rapaz. E ele também começou a evitá-la depois desse fato. O nome dele era José Carlos.

Eis que então ela novamente afogara-se nos estudos.

Aos quinze anos de idade um rapaz de nome Luís pediu a sua mão em namoro para a sua mãe e disse que queria casar-se com ela, mas a sua mãe não autorizou e disse que Penélope só namoraria após terminar os estudos e então o rapaz desistira dessa investida e logo arrumou outra esposa.

Aos dezesseis anos passeando com a sua prima Rosa ao redor de um lago perto de sua casa na Vila Galvão conhecera um rapaz que dava voltas no sentido oposto. E nessas voltas ao se esbarrarem conversavam.

Só que dessa vez o rapaz que se apaixonara por ela e não ela por ele.

Então começaram a chegar presentes e ela encantou-se com o rapaz e começaram a namorar, mas não durou muito tempo. Sua mãe e seu irmão Ronaldo o adorava. O nome do rapaz era José Aparecido, mas como ela não sentia amor por ele decidiu então terminar.

Aos dezoito anos a sua avó sentira-se mal na frente da casa de um belo rapaz. E esse rapaz a levou de carro para casa junto com a sua mãe. E Penélope estava na porta e os dois olharam-se com uma certa magia. E depois desse dia, o rapaz passava na porta dela para saber da sua avó, mas convenhamos não era precisamente da avó que ele queria saber. E então os dois tornaram-se amigos.

O tempo foi passando e exatamente no dia dezenove de abril de 1982, ele estava com uns amigos em um carro e avistou Penélope a conversar com a sua amiga Luzia e então decidiu descer do carro e sua amiga para deixar os dois a sós foi para a sua casa.

E então Carlos Tadeu a pedira em casamento e então Penélope nesse mesmo dia decidira apresentar o namorado aos pais e ambos concordaram que os dois namorassem em casa.

Mas a ex-noiva dele ao saber do namoro começou a persegui-lo e a querê-lo de volta.

Ele que ainda sentia algo por ela voltou. E Penélope sofrera muito, mas decidiu voltar para quem realmente gostava dela. Voltou para o José Aparecido que a recebera de braços abertos.

Mas como os pensamentos são tiranos que vem e vão para nos atormentar Carlos terminou com a ex-noiva e quis voltar com Penélope e fez uma declaração de amor em frente a porta do trabalho dela.

José Aparecido vendo a cena, não se conteve e chorou muito e disse ao Carlos que ele teria mil chances de ficar com Penélope muito mais do que ele.

E não quis lutar pelo seu grande amor e desapareceu para sempre naquela noite.

Em 03 de setembro de 1983, os dois se casaram no civil e a cerimônia religiosa acontecera no dia 05 de setembro de 1983, em uma segunda-feira, o pai de Penélope não foi. E os dois não viveram felizes para sempre, pois o relacionamento durou apenas três anos.

O motivo era ciúmes em demasia de ambos os lados e Carlos a trocou por outro, sim por outro homem, ele era bissexual. O nome era Zezinho. Gostava de homens e mulheres e depois para disfarçar arrumou uma mulher de nome Neusa com quem tivera um filho em .

E então ele fez de tudo para que ela saísse da casa em que moravam para então colocar a nova mulher. E alegou que os dois não dariam certo morando no mesmo local e decidira de maneira pensada tirá-la da casa que ela ajudara a construir e locou um imóvel no Jardim Rosa de França e ela foi morar sozinha. E não passou muito tempo a outra estava a morar junto com ele.

Mas Carlos tentou voltar com ela, mas ela não quis e decidiu seguir a sua vida.

E Novamente voltara aos estudos para cobrir o vazio que ela sentia.

E então ela não quis mais saber de ninguém.

Mas teve uma grande idéia ao conhecer o Richard, um lindo rapaz de olhos verdes. Eles combinaram namorar para fazer ciúmes ao ex-marido. E não é que deu certo?

O ex-marido não quis assinar a separação e o andamento do processo teve que ser litigioso. Depois decidiram parar com a farsa e cada um voltou para o seu lado e Penélope se afogava mais uma vez nos estudos.

E em 1989 Penélope teve que cobrir férias da Rosa no Posto bancário de um renomado banco em uma Empresa de brinquedos muito famosa.

Ela foi chorando para lá, mas como ordens são ordens e ela fazia parte do Quadro Suplementar desse banco não teve saída. Tinha duas opções: Ou ia ou ia. Teve que ir...

Ela detestava a Zona Leste, pois nasceu na zona Sul e sempre morou na zona Norte.

Então no primeiro dia da sua angústia e do seu sofrimento, por volta de quatro horas da tarde quase no momento do posto fechar aparece em seu caixa um rapaz.

E então ela pegou o envelope que ele tinha em mãos.

Estava cheio de moedas. Ela não olhou para ele, mas como tinha muita paciência e adorava contar dinheiro começou então a fazer o seu trabalho.

Então ele disse-lhe:

- Pode me bater.

Ela o olhou e sorriu.

Ele sorriu também.

No dia seguinte ao entrar na Empresa ela se depara com o rapaz na porta da entrada e ele a cumprimenta e ela responde e segue para o Posto Bancário e ele volta para o seu posto de trabalho.

E todos os dias acontecia a mesma coisa.

Então ela começa a notá-lo.

Até que um dia ele ligou para o posto e quis falar com ela.

Ela já estava dando graças a Deus, pois era o penúltimo dia que ficaria naquele posto e nunca mais voltaria para a zona leste.

Mas...

O destino sempre prega peças na gente mesmo e acredito ser correto o ditado: "Não cuspa para cima que na cara cai".

Ela atendera ao telefone e ele marcou de falar com ela no dia seguinte.

Era uma sexta-feira.

Ela aceitara, pois era mesmo o último dia em que ficaria naquele furdúncio mesmo...

Na sexta-feira como de costume lá estava ele esperando-a passar na porta da entrada da empresa.

Ela o cumprimentou e se dirigiu ao seu posto de trabalho.

Na saída estava ele a esperá-la na pracinha do Belenzinho. Sentaram no banco da praça e começaram a conversar.

Ele a pediu em namoro e ela disse que pensaria com muito carinho.

Marcaram de encontrar-se na Praça Getúlio Vargas em Guarulhos.

Acabaram desencontrando-se.

Uma semana depois ela já havia voltado para o posto bancário da zona norte e então ele ligou para ela e marcaram um novo encontro.

E se encontraram na mesma praça. Olha lá ela voltando para a Zona Leste de novo.

E então começamos a namorar sério.

Com o tempo ele conheceu a sua família e passaram a namorar em casa.

Ela saiu do banco e ele saiu da empresa e com o dinheiro compraram uma casa na Zona Leste.

Em 1994 ela foi morar lá para não invadirem a casa e ele também decidiu morar com ela. E ficamos morando juntos até que decidiram se casar aos treze dias do mês de março de dois mil e quatro. Casaram-se apenas no cível.

Capítulo IV

Ser estranho Ser

E eis que aos quinze dias do mês de outubro no ano de dois mil e seis ao procurar mensagens para postar nas páginas de suas amigas também professoras. Ela depara-se com uma imagem em sua comunidade “Vlad Tepes Dracul” em um site de relacionamentos denominado Orkut. E então ela decide convidar essa pessoa para ser sua amiga, mas antes lhe envia um scrap que dizia assim:

Oiii...!!!

Quanta beleza

existe dentro de você!

Sua coragem, seus sonhos

seu amor que brilha

e sua constante garra...

É você quem dá cor

a tudo que vê.

Flui de você

o de mais belo na vida

”A própria vida!”

Voe em seus pensamentos

como um pássaro

vôo a liberdade...

a liberdade de sonhar!

Renove-se.

Olhe para tudo no mundo

com confiança

Com Fé no hoje, no amanha.

Confie em seus tesouros

Porque são de Deus.

Tudo e lindo

no mundo de fora

Quando olhamos

com os olhos da alma

Confie...

liberte suas qualidades

e voe bem alto

E verá...

do que você é capaz!

[Autoria desconhecida]

Desejo uma semana linda para você!

Beijos...

Em seguida Alexandre escrevera em seu scrapbook.

Um anjo a meus pés caiu,

Quando de pés, e “ao” altar subiu

A minha prece,

Talvez guardou

- a meu senhor, e me falou.

Devo estar a sonhar.

Existe dessa gente, em terra?

No mesmo dia Penélope às 16:34 horas escrevera.

“Sem sonhos, as perdas são insuportáveis,

as pedras no caminho se tornam montanhas,

os fracassos se transformam em golpes fatais.

Mas, se você tiver grandes sonhos...

seus erros produzirão crescimento.

seus desafios produzirão oportunidades,

seus medos produzirão coragem.

Por isso, meu ardente desejo e que você

NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS”

[Autoria Desconhecida]

Esta música de I Santo Califórnia descreve tudo o que aconteceu naquele divino domingo. Alexandre precisava de uma mensagem para se auto-afirmar e Penélope como envolvida por um ato divino, pois Deus esteve no meio dos dois para que os dois se conhecessem o ajudou com a sua linda mensagem. Tanto que Alexandre desistiu de se suicidar naquele dia.

Un Ângelo

Um Anjo

Un Angelo è venuto giù da me

Um anjo desceu sobre mim

Tu all improviso tu

Você...de repente, você

Le mani tue leggere

Suas mãos suaves

Io non resisto più

Eu não resisto mais

Qualcosa che somiglia un brivido qui

Algo como um breve arrepio

Qui sulla pelle mia

Aqui sobre a minha pele

Qualcosa che non so descrivere

Algo que não sei descrever

Che è il senso dolce della poesia

Que é o sentido doce da poesia

Mi sto chiedendo se

Estou me perguntando se

L' amore tuo

O teu amor...

Se è un ilusione mia

É uma ilusão minha

Se un giorno tutto questo finirà

Se um dia tudo isto terminar

Che ne sarà di me

O que será de mim

Io dio ti sento viva più che mai

Eu que te sinto mais do que nunca

Qui, qui tra le bracia mie

Aqui entre os meus braços

Se tu se é proprio tu vicino a me

É você, é você exatamente junto a mim

Tu che non saprei che non potrei dimenticare mai

Você, que não saberei, que não poderei esquecer jamais

Rimani come sei rimani qui

Fique aqui como és, fique aqui,

Per giorno e notti senza fine

Por dias e noites sem fim

Sono immense le mie mani su te

São imensas as minhas mãos sobre você

Piccola mia ed io, ed io

Minha pequena e eu, e eu

Mi chiedo ancora

Me pergunto ainda

Come ho fatto ad incontrare un angelo

Como fiz para encontrar um anjo

Un angelo è venuto qui da me

Um anjo desceu sobre mim,

Tu all improviso tu

Você, de repente você

Rimani com sei rimane qui

Fique aqui como és, fique aqui

Per giorno e notti senza fine

Por dias e noites sem fim

Sono immense le mie mani su te

São imensas as minhas mãos sobre você

Piccola mia ed io, ed io

Minha pequena e eu, e eu

Mi chiedo ancora

Me pergunto ainda

Como ho fatto ad incontrare un ângelo

Como fiz para encontrar um anjo

Sono immense le mie mani su te

São imensas as minhas mãos sobre você

Piccola mia ed io, ed io

Minha pequena e eu, e eu

Mi chiedo ancora

Me pergunto agora

Como ho fatto ad incontare Un Ângelo

Como fiz para encontrar um anjo

O tempo foi passando e os dois ficaram amigos. E ela fez o MSN para receber uma música divina dele. O nome da música era “Alto Giove” de Castrati. Essa música tocou a alma dos dois como se fosse uma. Os dois conversavam muito. Até que ela se apaixonou por ele. E um dia confessou a ele o seu amor, mas ele não era apaixonado por ela e disse que havia várias barreiras entre os dois. Ele era da Alemanha, tinha 20 anos e ela não supria as suas necessidades, pois ele queria uma moça mais nova que chamasse a atenção dele.

A amizade dos dois não terminou por isso e sim porque aparecera uma fake com o nome de Fernanda Vamp que copiou a mensagem do perfil de Penélope e a postou na Comunidade dele.

E ele começou a pesquisar sobre Penélope e todos os seus escritos. E foram mais de trezentos e-mails trocados e por fim a amizade terminou. Foram muitas ofensas para todos os lados. Ela, por sua vez, para não perder a amizade dele fez outros MSN para poder conversar com ele, mas este desconfiou e a bloqueou e disse que nunca mais falaria com ela.

Com muita dor para Penélope que ainda sofre muito por esse afastamento, porque ela ainda o ama e para Alexandre foi melhor assim, pois ela o sufocava com aquele amor doentio e obsessivo.

E assim termina essa história real virtual.

Roseli Princhatti
Enviado por Roseli Princhatti em 04/01/2010
Reeditado em 04/01/2010
Código do texto: T2011223
Classificação de conteúdo: seguro
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