O ESCRITOR

- Um dia talvez tudo mude,ou piore,mais só saberei quando esse dia chegar. Então não antecipo nada,vivo cada dia como o último, pois só haverá futuro se houver presente.

Escrevo o que vejo,misturo o que penso,caminho rápido,ou em passos lentos. Minha vida se resume a páginas,e a realidade. Quase tudo que se passa pode se posto em palavras,na vida de um Zé ninguém, ou de um alguém chamado Zé. Algumas vezes chove em histórias, e do lado de cá faz tanto calor,que o vento sai quente. As vezes o mundo é paralelo ao meu,também tem vezes que não sei se minha vida imita a minha arte, ou minha arte imita minha vida, mais vivo como posso e escrevo o que me inspira. Nem sempre tenho leitores,mais fico feliz em ter feito, quando tenho muitos e sou aprovado por grande parte e negado por outra,fico feliz igualmente. A madruga é acompanhada por uma xícara de café quente,um cigarro no cinzeiro,e o som das teclas estalado no quarto. Me balanço na cadeira, sorrio sozinho, fico nervoso sem motivos, e mal consigo contar as vezes que aperto o espaço. Eu adoro escrever. Eu vivo em um mundo meu,eu faço verem o que eu vejo,eu brinco de ser Deus.

Jomar Serpa

(GNOMO)