MARCAS NO PEITO

Na fazenda que eu nascí

Papai era um dos retireiros

Todo dia pela tardinha

Fechava os bezerros no mangueiro.

Eu era ainda bem pequeno

Achava tudu uma maravilha

Depois de tirar todo leite

Papai ia vacinar as novilhas.

Depois vinha com os bois de carro

E ia la carreando pro roçado

Eu ia como ponteiro chamando os bois

E via aqueles velhos bois jaá cansado.

Pra mim não existia coisa melhor

Mas um dia a tristeza chegou

O patrão vendeu a fazenda

E aquele lugar meu pai deixou.

Tivemos que deixar tudo

E em outra fazenda ir morar

Lá já era tudo diferente

Já não me acostumei com o lugar.

Tive que me separar de tudo

Com pouco tempo meu pai morreu

Tudo ali pareceu estranho demais

Resolvemos ir pra cidade

Minha mãezinha e eu.

Dimi
Enviado por Dimi em 18/12/2009
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