O papagaio!
Os anos 60 foram recheados de fatos marcantes na História Universal, principalmente 1961, quando as disputas espaciais entre as potências capitalistas e socialistas eram grandes. Nesse período, a União Soviética saiu na frente, ao colocar em órbita, no mês de abril, o primeiro vôo tripulado com o astronauta Iúri Gagárin; também ocorreu a construção, na Alemanha, do Muro de Berlim, 165 km de concreto, arames farpados, fossos e soldados, dividindo as cidades de Berlim Oriental e Ocidental, passando a fazer parte da nossa história.
As marcas desse ano também ficaram marcadas nas lembranças dos familiares de um jovem paraguaçuense, que, naquela época, residia na cidade de Rancharia e iniciava a carreira como funcionário do Banco do Brasil.
O calendário marcava 28 de outubro de 1961 e o bancário Roberto Sidney Varrone transitava tranquilamente com a lambreta de um amigo pelas ruas da cidade, quando um caminhão que ia a sua frente parou bruscamente, não lhe dando tempo para frear e provocando um acidente de proporções gravíssimas.
Daí para frente, foi um Deus nos acuda, porque o Roberto havia entrado em coma e o seu estado de saúde era preocupante, com seus familiares e amigos devorando o trecho Paraguaçu/Rancharia diariamente, seja de carro, de trem ou até mesmo de carona.
Os dias foram se passando e todos eles de muita expectativa e orações, até que, num determinado dia, o pai do jovem bancário, o alfaiate Marcello Adriano Varrone, ao chegar para visitar o filho, encontrou-se com uma das enfermeiras que cuidava do “nosso” acidentado.
– Bom dia, “seu” Marcello!
– Bom dia! Como está o meu filho?
– Parece um milagre, “seu” Marcello, mas ele hoje está ótimo, pois saiu do coma e até pediu o papagaio (papagaio, para quem não sabe, é um utensílio que o homem usa para urinar).
Aquela notícia deixou o já preocupado pai mais preocupado ainda, de forma que, ao se encontrar com sua esposa, D. Zola, mal conseguia pronunciar uma palavra.
– O que houve, Marcello? – perguntou a esposa
– Isto é um absurdo: o nosso filho perde a memória e essa enfermeira ainda vem com uma brincadeira desse tipo... Ela é uma irresponsável, pois onde se viu brincar com uma coisa séria!
– O que é que ela fez de tão sério que te deixou irritado?
– Imagine que ela teve o disparate de dizer que o Roberto está ótimo e que já havia até pedido o papagaio.
Daí para frente, tudo foi alegria e muitos risos, principalmente quando D. Zola explicou ao marido que o papagaio que o Roberto Varrone havia pedido não era o “Louro José” e que realmente o filho estava salvo.
O final foi feliz e o Roberto é esse profissional competente que hoje convive no nosso meio.
Os anos 60 foram recheados de fatos marcantes na História Universal, principalmente 1961, quando as disputas espaciais entre as potências capitalistas e socialistas eram grandes. Nesse período, a União Soviética saiu na frente, ao colocar em órbita, no mês de abril, o primeiro vôo tripulado com o astronauta Iúri Gagárin; também ocorreu a construção, na Alemanha, do Muro de Berlim, 165 km de concreto, arames farpados, fossos e soldados, dividindo as cidades de Berlim Oriental e Ocidental, passando a fazer parte da nossa história.
As marcas desse ano também ficaram marcadas nas lembranças dos familiares de um jovem paraguaçuense, que, naquela época, residia na cidade de Rancharia e iniciava a carreira como funcionário do Banco do Brasil.
O calendário marcava 28 de outubro de 1961 e o bancário Roberto Sidney Varrone transitava tranquilamente com a lambreta de um amigo pelas ruas da cidade, quando um caminhão que ia a sua frente parou bruscamente, não lhe dando tempo para frear e provocando um acidente de proporções gravíssimas.
Daí para frente, foi um Deus nos acuda, porque o Roberto havia entrado em coma e o seu estado de saúde era preocupante, com seus familiares e amigos devorando o trecho Paraguaçu/Rancharia diariamente, seja de carro, de trem ou até mesmo de carona.
Os dias foram se passando e todos eles de muita expectativa e orações, até que, num determinado dia, o pai do jovem bancário, o alfaiate Marcello Adriano Varrone, ao chegar para visitar o filho, encontrou-se com uma das enfermeiras que cuidava do “nosso” acidentado.
– Bom dia, “seu” Marcello!
– Bom dia! Como está o meu filho?
– Parece um milagre, “seu” Marcello, mas ele hoje está ótimo, pois saiu do coma e até pediu o papagaio (papagaio, para quem não sabe, é um utensílio que o homem usa para urinar).
Aquela notícia deixou o já preocupado pai mais preocupado ainda, de forma que, ao se encontrar com sua esposa, D. Zola, mal conseguia pronunciar uma palavra.
– O que houve, Marcello? – perguntou a esposa
– Isto é um absurdo: o nosso filho perde a memória e essa enfermeira ainda vem com uma brincadeira desse tipo... Ela é uma irresponsável, pois onde se viu brincar com uma coisa séria!
– O que é que ela fez de tão sério que te deixou irritado?
– Imagine que ela teve o disparate de dizer que o Roberto está ótimo e que já havia até pedido o papagaio.
Daí para frente, tudo foi alegria e muitos risos, principalmente quando D. Zola explicou ao marido que o papagaio que o Roberto Varrone havia pedido não era o “Louro José” e que realmente o filho estava salvo.
O final foi feliz e o Roberto é esse profissional competente que hoje convive no nosso meio.